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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Banco jovem fecha três negócios em uma semana
Fundado há pouco mais
de nove meses, o banco de
negócios BR Partners participou, nos últimos dez dias, do
fechamento de três grandes
operações no país.
Assessorou o Carlyle na
aquisição da Scalina, concluída no último domingo.
Representou o Grupo Localfrio na aquisição de ativos no
Complexo Industrial de Suape, concluída na terça. Dois
dias depois, estava com o São
Luiz na venda do controle
acionário para a Rede D'Or.
A última vez que o ex-Citi
Ricardo Lacerda, um dos
fundadores, viveu dias tão
movimentados ocorreu há
seis anos, quando, em 2004,
ainda como presidente no
Brasil do Goldman, participou da venda do Bompreço e
da união AmBev com Interbrew, ambas anunciadas em
uma mesma semana.
Na BR Partners, já atuou
ao lado de Magazine Luiza,
Hypermarcas e Agre. Com o
segundo maior fundo de
"private equity" global, o
Carlyle, sentou dos dois lados da mesa: com Scalina
atuou na compra, com Qualicorp, venda. O valor de algumas operações não é revelado. Mas o total realizado até
agora supera R$ 10 bilhões, o
que os coloca entre os cinco
primeiros no ranking de fusões e aquisições em 2010 em
número de transações.
Hoje, com quase 30 sócios,
Lacerda quer criar um modelo atraente ao investidor estrangeiro e reduzir a rotatividade para preservar o sigilo
de tantas negociações. A
ideia é trabalhar em um modelo societário para alinhar o
interesse da equipe a resultados de longo prazo e desestimular o apetite por risco.
"Esse mercado é muito volátil, sensível a oscilações da
economia. Sendo uma instituição local e independente,
temos mais condição de controlar isso", diz Lacerda.
Também está sendo montado um fundo de "private
equity" e o próximo passo é
entrar em gestão de recursos.
O QUE ESTOU LENDO
Deborah Wince-Smith, presidente do Council on Competitiveness (EUA)
A norte-americana Deborah Wince-Smith, que preside o Council on Competitiveness, dos Estados Unidos, e participa de conselhos de várias empresas e instituições, como a Nasdaq (Bolsa de tecnologias), retorna às origens de arqueóloga em suas leituras.
O livro "Portrait of a Priestess" ("Retrato de uma Sacerdotisa", Princeton University Press), de Joan Connelly, trata de mulheres e do ritual da Grécia Antiga.
"O livro, apesar de ser um pouco acadêmico, é maravilhosamente bem escrito e ilustrado", conta Wince-Smith.
Connely traça, segundo ela, a eclética fusão de heranças das religiões e culturas de sumérios e egípcios, e o papel de líderes culturais femininos.
"Schliemann, e todos os arqueólogos, declararam que sacerdotisas da Idade do Bronze estavam no ápice do prestígio e do poder", admira-se Wince-Smith.
ANDAR...
Vender para países ricos
não é simples. Compradores
na Europa e nos EUA são
muito exigentes com prazos
de entrega e qualidade, segundo brasileiros que exportam sapatos sofisticados. "A
cartela de cores é um dos fatores que podem determinar
o sucesso ou o fracasso da coleção", afirma Alexandre Birman.
...DA CARRUAGEM
"Tive de me organizar
melhor, com mais antecedência, para exportar", conta a empresária Sarah Chofakian. "Se a encomenda
atrasar um dia, eles não a
recebem; se tiver um pingo
de cola aparecendo no sapato, devolvem e não aceitam mais", acrescenta Chofakian que, das feiras de calçados europeias, passou a
vender para Europa e Ásia.
COM JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
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