São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2010

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Brasil deve permitir alta do dólar, diz instituto

Associação de bancos prevê fluxo líquido de capital externo de US$ 123 bi

Instituto de Finanças Internacionais afirma que fracassaram as tentativas de controlar a entrada de capitais

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

O Brasil, de forma gradual e coordenada com outros emergentes, precisa aumentar a flexibilidade de seu câmbio e permitir a apreciação do dólar para evitar desequilíbrios mundiais futuros, disse ontem o IIF (Instituto de Finanças Internacionais).
Em entrevista coletiva em Washington, diretores do instituto notaram também que as tentativas de controle do crescente fluxo líquido de capitais estrangeiros ao Brasil não foram bem sucedidas.
Para 2010, o IIF prevê que o fluxo líquido de capital externo ao Brasil ficará em torno de US$ 123 bilhões. Para 2011, a projeção é de US$ 103 bilhões.
O controle desse fluxo havia sido sugerido ao país pelo próprio IIF, que representa mais de 420 dos principais bancos do mundo, há cerca de seis meses.
""Não deu muito certo", reconheceu Hung Tran, diretor para mercados emergentes e de capitais.
Relatório do instituto divulgado ontem apontou para duas tendências no Brasil. Uma é o maior investimento direto no exterior por empresas brasileiras, que totalizou US$ 18,3 bilhões até agosto, contra US$ 6,3 bilhões no mesmo período de 2009.
A segunda é o crescimento do fluxo de recursos para investimento no mercado financeiro.
Para os mercados emergentes como um todo, o IIF revisou sua projeção para o fluxo líquido de capitais externos para o ano, que passou de US$ 709 bilhões para US$ 825 bilhões.
O grupo afirma que as políticas monetárias de países desenvolvidos -de baixas taxas de juros- empurram fundos para os emergentes.


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