|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
commodities
Vale vai investir mais US$ 300 mi no Peru
Aporte será para ampliar a produção de fosfato em mina inaugurada ontem, com investimento de US$ 566 mi
Presidente da empresa citou outras áreas de interesse no país vizinho, entre elas a produção de fertilizante
Divulgação
![](../images/b0608201001.jpg) |
|
Dependências da mina de fosfato Bayóvar, na província de Sechura, no Peru, inaugurada ontem pela Vale e cuja produção já é alvo de planos de expansão
JANAINA LAGE
ENVIADA ESPECIAL A SECHURA (PERU)
A Vale anunciou planos
para expandir em mais de
50% a produção da mina de
fosfato Bayóvar, na província
de Sechura, no Peru. O presidente da Vale, Roger Agnelli,
afirmou que dentro de 18 meses a capacidade instalada
passará de 3,9 milhões de toneladas para 5,9 milhões.
A mina já recebeu investimentos de US$ 566 milhões
(R$ 992 milhões) e foi inaugurada ontem com a presença do presidente do Peru,
Alan García.
A expansão exigirá um
aporte adicional de US$ 300
milhões (R$ 552,8 milhões).
A Vale tem 51% do capital votante -a japonesa Mitsui e a
americana Mosaic são sócias
minoritárias.
A produção da mina será
destinada a Peru, Brasil e
Ásia, entre outros.
O projeto enfrentou resistência por parte da população local. A mina tem cerca
de 500 empregados e há
perspectiva de contratações.
García defendeu a exploração da mina e disse que ela
representa uma oportunidade de o país se tornar exportador de fertilizantes.
Agnelli afirmou que a mina de Bayóvar marca o início
da presença da empresa no
país. Citou como possibilidades de interesse as áreas de
mineração, energia e logística. Disse que, caso conte com
o apoio do presidente para
obter gás, poderá produzir
fertilizantes no país.
Para a Vale, investir em
fertilizantes representa diversificação de produtos.
Neste ano, ela comprou
58,6% dos ativos da Fosfertil
por US$ 3 bilhões e ativos
brasileiros da Bunge nesse
segmento por US$ 1,7 bilhão.
De acordo com Marcelo
Balloti, analista da área da
consultoria Lafis, a entrada
da Vale no setor deve contribuir para reduzir as importações no futuro.
Em média, de 2006 a 2009
o Brasil importou 62% do volume de fertilizantes que chegou ao consumidor final. Em
alguns produtos específicos,
a importação chega a 90%.
Segundo a International
Fertilizer Industry Association, a demanda global por
fertilizantes deve aumentar
4,8% no período 2010-2011.
PARANAPANEMA
Questionado sobre críticas
dos acionistas minoritários
quanto ao valor da oferta para a compra da Paranapanema, Agnelli disse que já indicou quanto pretende pagar.
"Se o minoritário não gostou da oferta, ele que não
venda. Não precisa ir a jornal
para dizer se gosta ou se não
gosta", disse.
A jornalista JANAINA LAGE viajou a convite da Vale
Texto Anterior: Modelo pode gerar "leilão", dizem analistas Próximo Texto: Congelados: Liberada venda de frango congelado da BRF, Copacol e Rigor Índice
|