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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Com eleição, mão de obra perde ritmo na construção pesada
A chegada das eleições desacelerou o ritmo de contratação de mão de obra para a
construção de grandes projetos nos últimos meses.
Em julho, pelo quarto mês
consecutivo, o nível de emprego na construção pesada
registrou queda no Estado de
São Paulo. As empresas do
setor contabilizaram 81.566
empregados no mês.
Desde março, já foram demitidos mais de 4.000 trabalhadores, segundo levantamento realizado pelo Sinicesp (Sindicato da Indústria
da Construção Pesada do Estado de São Paulo).
Com a proximidade do período eleitoral, o andamento
das obras costuma ser acelerado para que os empreendimentos sejam inaugurados
antes do início da propaganda dos candidatos.
A liberação de um novo lote de licitações, porém, já é
esperada pelo mercado.
"As quedas foram registradas em virtude do término de
muitas obras, como as do Rodoanel. As nossas expectativas, no entanto, são de que o
nível de emprego voltará a
subir com novas licitações
que devem chegar nas próximas semanas", afirma o presidente do Sinicesp, Marlus
Renato Dall'Stella.
Na comparação com julho
de 2009, ano que teve queda
devido a reflexos da crise internacional, a diferença neste ano é de apenas 1.363 trabalhadores a mais.
Equação Os ativos da carteira da indústria de previdência privada aberta atingiram
R$ 201 bilhões em julho, alta
de 22,15% ante julho de 2009,
segundo a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência
Privada e Vida). A entidade
promove, nos dias 15 e 16, um
fórum nacional, em SP.
Reforma... O Conselho
Diretor da Interfarma (da indústria de pesquisa) aprovou
a revisão de seu estatuto para
abrir a entidade a outros segmentos voltados à pesquisa
em saúde humana.
...na pesquisa Agora podem fazer parte da Interfarma
empresas e pesquisadores nacionais, universidades, pessoas físicas, entre outros.
MADEIRA TROPICAL
A paulista IndusParquet,
fabricante de pisos de madeira maciça, acaba de abrir
um centro de distribuição
em Miami para atender o
mercado norte-americano.
Desde 1990, a empresa vinha fornecendo pisos para o
país, mas por meio de representantes. "Apesar da turbulência no mercado norte-americano, enxergamos
uma rápida recuperação
econômica no nosso segmento", afirma Dimas Gonçalves, CEO da empresa.
O centro de distribuição
recebeu investimento inicial de US$ 10 milhões.
A companhia possui 12
distribuidores no país, que
atendem 5.000 pontos de
venda. "No primeiro ano, a
meta é vender 40 mil m2 de
piso por mês. Em julho de
2012, devemos recuperar o
nível pré-crise, que era de
100 mil m2", diz Gonçalves.
O mercado interno de pisos também está aquecido,
puxado pelos lançamentos
imobiliários. "Nos próximos
36 meses, ainda devemos
ter uma demanda muito forte, principalmente em São
Paulo, Rio e Porto Alegre."
TELA ESPELHADA
A alemã Ad Notam, que
produz TV em espelhos,
chega ao Brasil.
O empresário Celso Bruschi, representante exclusivo da companhia no país e
na América do Sul, trouxe o
sistema "Magic Mirror".
"A tela da TV tem 1,8 cm
de espessura. À prova de
umidade, pode ser usada
em sauna, banheiro e barco", explica Bruschi.
Os modelos vão de sete a
82 polegadas, que custam
R$ 6.290 e R$ 311 mil, respectivamente.
"O grande diferencial é
que não é uma simples TV, é
um objeto de arte, com design exclusivo. Pode ser
uma parede inteira de espelho com uma TV em um
canto, por exemplo."
O empresário já fechou
negócios com redes moveleiras, que estão inserindo o
produto nas suas linhas.
Fora do Brasil, o primeiro
negócio será no Uruguai.
"Vamos colocar 116 aparelhos no Hotel Casino Carrasco", afirma Bruschi.
Mercado interno impulsiona indústria de alimentos
As vendas das indústrias
da alimentação no Brasil
apresentaram crescimento
de 5,97% no acumulado de 12
meses até julho, de acordo
com pesquisa da Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação).
O aumento está baseado
no mercado interno, puxado
pelo segmento de supermercados, que representa cerca
de 78% do setor, segundo Denis Ribeiro, diretor da associação. Os estabelecimentos
de "food service" (alimentação fora de casa) complementam a demanda.
O número de empregos
também aumentou no período, com alta de 2,41%, e o salário médio real teve alta de
1,22% nos 12 meses.
O problema, diz Ribeiro, é
o mercado externo, que segue desacelerado, embora
esteja melhor que em 2009.
"A exportação está devagar e o real valorizado dificulta a manutenção de contratos", afirma Ribeiro.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
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