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FOCO
Preço da ligação é a grande barreira, dizem passageiros
DE SÃO PAULO
As chances de você se incomodar com alguém tagarelando ao celular ao seu lado
no avião são poucas. Não
exatamente por consideração, mas por causa do custo
das ligações.
Falar no avião em céus
brasileiros custa o mesmo
que uma chamada feita ou
recebida durante uma viagem ao exterior.
E, com o valor do minuto
variando de R$ 6,80 a quase
R$ 10, dependendo da operadora, as ligações tenderão a
ser bem curtas.
A Folha testou o serviço de
telefonia na sexta-feira, durante um voo de Guarulhos
para Porto Alegre.
A chamada foi realizada
com sucesso, embora o barulho interno na cabine do
avião tenha dificultado a audição de quem estava recebendo a ligação. Torpedos foram enviados e recebidos
instantaneamente.
No mesmo voo, o empresário gaúcho Rogério Kappler,
73, aproveitou a facilidade
para perguntar a sua secretária se o carro que deveria esperá-lo na chegada a Porto
Alegre estava a caminho do
aeroporto.
"É uma coisa fantástica
poder falar no celular no
avião. Sempre tem alguma
coisa para resolver, uma
emergência. Mas a ligação
tem de ser curta", afirmou o
empresário.
Jeferson Dib, 50, exportador brasileiro radicado na Inglaterra, ficou feliz de poder
conversar com a mulher durante o voo.
"Ela estava passeando
com o cachorro em Windsor", conta Dib, que fez a ligação a partir de um celular
de operadora britânica. "É
muito bom isso, mas, por esse preço, só quem vai usar é
quem tem a conta de celular
paga pela empresa."
ETIQUETA
Em nome da boa convivência entre passageiros, algumas regras de etiqueta são
recomendadas pela TAM.
Pede-se que os passageiros deixem os celulares no
modo silencioso ou vibracall.
Os tripulantes também
têm autonomia para bloquear o uso de voz em voos
noturnos, ou em qualquer
momento que julgarem necessário.
O sistema permite bloquear apenas o serviço de
voz, mantendo livre o envio
de torpedos.
Para garantir uma melhora na qualidade das ligações,
a TAM limitou a oito o número de chamadas simultâneas.
No entanto, dependendo da
demanda, o sistema poderá
ser expandido.
Com uma semana de implantação do serviço, a TAM
detectou uma média de quatro a cinco passageiros utilizando o sistema por voo, tanto de voz como de dados.
No voo para Porto Alegre,
apenas três passageiros,
além da Folha, usaram o serviço.
(MB)
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