São Paulo, domingo, 07 de novembro de 2010

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FOCO

Preço da ligação é a grande barreira, dizem passageiros

DE SÃO PAULO

As chances de você se incomodar com alguém tagarelando ao celular ao seu lado no avião são poucas. Não exatamente por consideração, mas por causa do custo das ligações.
Falar no avião em céus brasileiros custa o mesmo que uma chamada feita ou recebida durante uma viagem ao exterior.
E, com o valor do minuto variando de R$ 6,80 a quase R$ 10, dependendo da operadora, as ligações tenderão a ser bem curtas.
A Folha testou o serviço de telefonia na sexta-feira, durante um voo de Guarulhos para Porto Alegre.
A chamada foi realizada com sucesso, embora o barulho interno na cabine do avião tenha dificultado a audição de quem estava recebendo a ligação. Torpedos foram enviados e recebidos instantaneamente.
No mesmo voo, o empresário gaúcho Rogério Kappler, 73, aproveitou a facilidade para perguntar a sua secretária se o carro que deveria esperá-lo na chegada a Porto Alegre estava a caminho do aeroporto.
"É uma coisa fantástica poder falar no celular no avião. Sempre tem alguma coisa para resolver, uma emergência. Mas a ligação tem de ser curta", afirmou o empresário.
Jeferson Dib, 50, exportador brasileiro radicado na Inglaterra, ficou feliz de poder conversar com a mulher durante o voo.
"Ela estava passeando com o cachorro em Windsor", conta Dib, que fez a ligação a partir de um celular de operadora britânica. "É muito bom isso, mas, por esse preço, só quem vai usar é quem tem a conta de celular paga pela empresa."

ETIQUETA
Em nome da boa convivência entre passageiros, algumas regras de etiqueta são recomendadas pela TAM.
Pede-se que os passageiros deixem os celulares no modo silencioso ou vibracall.
Os tripulantes também têm autonomia para bloquear o uso de voz em voos noturnos, ou em qualquer momento que julgarem necessário.
O sistema permite bloquear apenas o serviço de voz, mantendo livre o envio de torpedos.
Para garantir uma melhora na qualidade das ligações, a TAM limitou a oito o número de chamadas simultâneas. No entanto, dependendo da demanda, o sistema poderá ser expandido.
Com uma semana de implantação do serviço, a TAM detectou uma média de quatro a cinco passageiros utilizando o sistema por voo, tanto de voz como de dados.
No voo para Porto Alegre, apenas três passageiros, além da Folha, usaram o serviço. (MB)


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