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País é o que mais cresce fora da Ásia
Brasil é 6º que mais avança em lista com predomínio asiático, região que deve liderar expansão global em 2010>
Taiwan, Cingapura, Tailândia, China e Malásia lideram; demanda interna e exportação ajudam Ásia
ÁLVARO FAGUNDES
DE SÃO PAULO
O crescimento brasileiro
no início de 2010 ficou abaixo do obtido pela China nos
últimos anos, mas certamente ficou dentro do padrão
asiático, região que melhor
enfrentou a crise no ano passado e que deve ser o principal motor global agora.
O Brasil, com a expansão
de 9%, é o único país não
asiático entre as dez economias que mais cresceram no
primeiro trimestre deste ano
na comparação com o mesmo período de 2009.
O país aparece em sexto
lugar em uma lista de 45 nações (aquelas que já divulgaram suas estatísticas entre as
60 grandes economias) e que
é liderada por Taiwan.
O predomínio asiático entre os que mais crescem não é
surpresa. Os países em desenvolvimento da região
(grupo formado, entre outros, por China, Índia, Tailândia e Malásia) se expandiram
em 6,6% no ano passado, um
dos raros pontos positivos na
economia global, que ficou
0,6% menor no período.
O avanço dos países asiáticos é marcado pelo aumento
das exportações (com a China se destacando na compra
dos vizinhos), pelo impacto
das vendas da indústria para
o exterior e por um crescimento da demanda interna.
O Brasil e os asiáticos também são destaque quando a
comparação do PIB é feita
com os últimos três meses do
ano passado. O país aparece
em terceiro lugar, empatado
com Taiwan e atrás de Tailândia e Filipinas.
Nesse caso, a lista leva em
conta 37 países (também entre as 60 grandes economias). O número é menor
porque alguns países, casos
de China e Índia, não fazem
esse tipo de comparação.
Outro ponto que chama a
atenção no caso brasileiro é
que a taxa de crescimento se
acelerou do quarto trimestre
de 2009 (2,3%) para os três
meses seguintes (2,7%).
Enquanto isso, a maior
parte da economia global
perdeu força nesse período.
Os EUA, que representam
25% do PIB mundial, cresceram 0,8% de janeiro a março,
0,6 ponto percentual menos
que no trimestre anterior.
Os países europeus, que
em sua maioria também perderam força, estão no fim do
ranking do avanço global.
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