São Paulo, quarta-feira, 09 de junho de 2010

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País é o que mais cresce fora da Ásia

Brasil é 6º que mais avança em lista com predomínio asiático, região que deve liderar expansão global em 2010>

Taiwan, Cingapura, Tailândia, China e Malásia lideram; demanda interna e exportação ajudam Ásia


ÁLVARO FAGUNDES
DE SÃO PAULO

O crescimento brasileiro no início de 2010 ficou abaixo do obtido pela China nos últimos anos, mas certamente ficou dentro do padrão asiático, região que melhor enfrentou a crise no ano passado e que deve ser o principal motor global agora.
O Brasil, com a expansão de 9%, é o único país não asiático entre as dez economias que mais cresceram no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2009.
O país aparece em sexto lugar em uma lista de 45 nações (aquelas que já divulgaram suas estatísticas entre as 60 grandes economias) e que é liderada por Taiwan.
O predomínio asiático entre os que mais crescem não é surpresa. Os países em desenvolvimento da região (grupo formado, entre outros, por China, Índia, Tailândia e Malásia) se expandiram em 6,6% no ano passado, um dos raros pontos positivos na economia global, que ficou 0,6% menor no período.
O avanço dos países asiáticos é marcado pelo aumento das exportações (com a China se destacando na compra dos vizinhos), pelo impacto das vendas da indústria para o exterior e por um crescimento da demanda interna.
O Brasil e os asiáticos também são destaque quando a comparação do PIB é feita com os últimos três meses do ano passado. O país aparece em terceiro lugar, empatado com Taiwan e atrás de Tailândia e Filipinas.
Nesse caso, a lista leva em conta 37 países (também entre as 60 grandes economias). O número é menor porque alguns países, casos de China e Índia, não fazem esse tipo de comparação.
Outro ponto que chama a atenção no caso brasileiro é que a taxa de crescimento se acelerou do quarto trimestre de 2009 (2,3%) para os três meses seguintes (2,7%).
Enquanto isso, a maior parte da economia global perdeu força nesse período. Os EUA, que representam 25% do PIB mundial, cresceram 0,8% de janeiro a março, 0,6 ponto percentual menos que no trimestre anterior.
Os países europeus, que em sua maioria também perderam força, estão no fim do ranking do avanço global.


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