DE SÃO PAULO

No projeto de expansão no exterior, a Stefanini planeja investir US$ 100 milhões em aquisições nos próximos dois anos.
Segundo o presidente da consultoria, Marco Stefanini, uma parte será composta por recursos próprios e outra, por empréstimos.
"Será a primeira vez que faremos empréstimo", diz o executivo, que revela também que o crédito será tomado diretamente no país da companhia adquirida.
"Lá fora, os juros são mais baixos e, além disso, evitamos risco cambial", aponta.
Os mercados mais estudados para as operações são Estados Unidos e Europa.
Já existem negociações, que Stefanini não quis detalhar. Mas o executivo revelou o perfil das empresas que procura.
"Elas precisam ter clientes diretos, pertencer a áreas em que temos experiência e desenvolver atividade principal em países onde já atuamos".
Dependendo do sucesso das empreitadas, a companhia brasileira calcula fechar 2010 com faturamento global de R$ 900 milhões (cerca de US$ 500 milhões). E chegar a US$ 750 milhões em 2012.

ABERTURA DE CAPITAL
Também está nos planos da Stefanini abrir capital.
A ideia era ter lançado ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa antes da crise de 2008.
Mas, com as turbulências que vieram, a empresa decidiu "concentrar esforços no desempenho".
Agora, a questão volta à agenda. Mas, segundo Stefanini, não deve ser definida imediatamente.
"Não precisamos do IPO para captar recursos para as aquisições. Então, vamos esperar uns dois anos", afirma o executivo.
"A abertura de capital está mais relacionada à longevidade da empresa", completa. (CM)


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