São Paulo, domingo, 11 de setembro de 2011

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Após cinzas, Bariloche dá desconto de 30%

DE SÃO PAULO

Um dos principais destinos de esqui na América Latina, Bariloche adotou as promoções como estratégia para reerguer sua economia, baseada no turismo, após amargar os prejuízos com as cinzas do vulcão chileno Puyehue.
Os 200 maiores hotéis, restaurantes, agências de turismo e comerciantes locais estão oferecendo até o final do mês descontos de 30% nas diárias, nas refeições, nos passeios e nos produtos, tudo na tentativa de atrair mais turistas.
Na alta temporada de inverno, em julho, a cidade -porta de entrada da Patagônia argentina- costuma receber 150 mil turistas. Mas neste ano apareceram somente 25 mil, uma queda de 83,3%.
Os turistas brasileiros, que costumam ser maioria no município, atrás apenas dos próprios argentinos, não ultrapassaram 1.100 no mês. Em julho do ano passado, eles eram 3.242, segundo a Secretaria de Turismo local.
"Os turistas que vieram chegaram de ônibus porque de avião ficou impossível devido à grande quantidade de cinzas no ar da região", disse o gerente do hotel Edelweiss, Geraldo Gibert.
Os prejuízos, segundo ele, foram gigantescos. No hotel cinco estrelas, 50 dos 60 funcionários tiveram de ser mantidos para cuidar da estrutura. Os 95 apartamentos precisaram dos mesmos serviços dos períodos de ocupação.
"Agora não queremos mais falar disso. Queremos informar que Bariloche está em condições de receber turistas. Estamos todos preparados e o aeroporto não está mais fechado por causa das cinzas", afirmou Gibert.
Segundo os dados da Secretaria de Turismo de Bariloche, durante o ano de 2010 foram 10.358 turistas brasileiros, ante 6.330 em 2009 e 10.046 em 2008. Neste ano, a queda prevista é de 10%.
No hotel Edelweiss, segundo o gerente, dos 100 hóspedes, 50 eram brasileiros. Entre os países que mais enviam turistas para Bariloche estão Chile, Estados Unidos, França,
Espanha e Colômbia. Por ano, são 800 mil viajantes. (VENCESLAU BORLINA FILHO)


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