KEILA JIMENEZ
COLUNISTA DA FOLHA

O aporte bilionário do Grupo Silvio Santos no Banco PanAmericano assustou o mercado pelo montante de dinheiro envolvido e agitou ontem os cafés e os corredores das empresas do grupo e agências publicitárias.
Como consequência, fontes do mercado apostam em mudanças em cargos de confiança nas empresas do grupo nos próximos meses.
Tomam como base a troca do conselho administrativo do PanAmericano, com a saída de familiares do empresário, e acreditam que a profissionalização deve se alastrar em tempos de cintos apertados nas empresas do grupo, SBT, Liderança Capitalização, Vimave, Hotel Jequitimar e Jequiti.
Companhia com base familiar desde sua criação, há 29 anos, o SBT é uma das que mais reúnem parentes de Silvio Santos entre os funcionários. Em cargos de confiança, são quase 40 profissionais.
Segundo a Folha apurou, no começo da crise do PanAmericano um diretor sugeriu a Silvio Santos vender as madrugadas do SBT aos programas religiosos -que sempre fazem propostas pelo espaço- para captar mais dinheiro. Mas a ideia teria sido recusada pelo empresário.
Nas agências de publicidade, a bandeira de que as operações das empresas do Grupo Silvio Santos são separadas -e, portanto, que a emissora estaria blindada contra a crise do banco- está sendo reforçada pela equipe comercial do SBT.
Nem todos que atuam no setor, contudo, confiam nessa separação absoluta entre os negócios.
O mercado também vê as instalações da Anhanguera ameaçadas, pois foram dadas como garantia do empréstimo.


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