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FOCO
Marketing de empresas mira blogueiras-mães nos EUA
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
Lugar para conversas "autênticas", a blogosfera permite que internautas com interesses convergentes troquem experiências e dicas.
Mas, às vezes, os relatos
não são tão sinceros -são resultado de campanhas de
marketing.
Nos EUA, os publicitários
já perceberam um dos nichos
mais valiosos para dar credibilidade a seus produtos: os
blogs escritos por mães.
Enquanto relatam os percalços da gravidez e da criação dos filhos, elas testam
produtos, escrevem críticas
de livros e dão conselhos sobre a melhor papinha ou cadeirinha para o bebê.
De acordo com a eMarketer, empresa de análise de
mídia digital, mais de 34 milhões de mães usam a internet nos EUA. Estima-se que
elas controlem cerca de 80%
dos gastos da família.
Ainda segundo a eMarketer, os investimentos em
anúncios na blogosfera chegarão a US$ 746 milhões em
dois anos, o dobro do que representavam em 2007.
Nos "mommy blogs", como são chamados nos EUA,
as ações publicitárias vão de
banners a patrocinar festas
inteiras de crianças, para que
a mãe comente cada etapa.
Mas o mais comum é o
post pago: com ou sem avisar, a autora rasga elogios ao
produto "recém-descoberto", cujo lançamento ela recebeu antes, de graça.
Para alguns, porém, o negócio significa o fim da credibilidade da escritora. Jana
Llewellyn, do anattitude
adjustment.com, evita
anúncios em seu blog.
"Acho que as mães são,
em geral, aquelas que pensam no que comprar para a
família, então faz sentido que
as empresas as mirem. Mas
eu não leio blogs com anúncios nem gosto da ideia de colocá-los no meu", disse Jana.
"Para mim, isso é muito
parecido com companhias
que contratam pessoas para
falar de seus produtos em um
nível mais pessoal. Mas fazer
isso por meio de blogs deve
ser mais eficiente."
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