São Paulo, domingo, 14 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

ANÁLISE

Também há dificuldade no país para definir cor e raça

GITÂNIO FORTES
EDITOR-ADJUNTO DE MERCADO

O brasileiro não tem dificuldade somente em definir a qual classe social pertence. O mesmo ocorre quando o assunto é cor ou raça, mostrou estudo do IBGE divulgado no fim do mês passado.
Houve entrevistas em seis unidades da Federação com diferentes perfis demográficos: Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal.
O IBGE avalia se vai acrescentar classificações às categorias usadas em suas entrevistas -preto, branco, pardo, amarelo ou indígena. Sem que os entrevistados tivessem de se classificar em uma dessas cinco opções, as respostas incluíram mais termos -moreno (também na versão moreno claro), negro, mulato, mestiço, claro e até designações nacionais, como brasileiro, alemão e italiano.
Reveladora foi a comparação entre a autodefinição de quem participou do levantamento e a avaliação dos entrevistadores do IBGE.
Afirmaram-se brancas 49% das pessoas. Mas, para os profissionais do instituto, 56,2% eram desse grupo.
Os autodenominados morenos (incluindo os claros) somaram 21,7%. Para os entrevistadores, eram 9,3%.
O estudo também mostrou que, para quase dois terços dos entrevistados, cor e raça influenciam a vida das pessoas -nas relações de trabalho, justiça e convívio social.
O trabalho, com 71%, foi o campeão de menções. Mais um indicador de como as questões envolvendo cor e raça ainda precisam ser trabalhadas na economia do país.


Texto Anterior: Brasileiro não sabe a qual classe social pertence, diz estudo
Próximo Texto: Foco: Aos 15 anos, adolescente vende empresa de tecnologia nos EUA
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.