Entidade cogita novas medidas de estímulo

DE SÃO PAULO

O Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) reduziu a sua previsão para o avanço neste ano da maior economia global e já cogita novas medidas para intensificar a retomada americana.
A entidade projeta agora que o PIB americano vai se expandir entre 3% e 3,5% neste ano, uma redução de 0,2 ponto percentual nas duas pontas em relação à previsão feita em abril.
O Fed reduziu ainda a estimativa de avanço para o ano que vem e prevê uma piora da taxa de desemprego em relação às previsões realizadas três meses atrás.
Segundo a ata da reunião do Fed do fim de junho (e que foi divulgada ontem), a piora se deve, em parte, à crise da dívida pública na Europa, que derrubou os preços das ações e ajudou o dólar a se valorizar, fatores que "provavelmente vão deprimir um pouco a expansão da demanda" interna americana.
Para o BC, apesar de alguns sinais de desaceleração, o crescimento econômico parece ser, no momento, forte o suficiente para não ter que tomar mais medidas.
Porém, afirma que "terá que considerar se mais políticas de estímulo podem ser apropriadas caso o cenário piore consideravelmente". Ele, no entanto, não diz quais medidas irá tomar.
A retomada das medidas de estímulo seria uma reviravolta na política do Fed, que, nos últimos meses, vem retirando esse tipo de ajuda. Em março, por exemplo, ele encerrou o programa de compra de ativos lastreados em hipotecas, iniciado na crise.


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