São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 2011

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Centro nos EUA pede fim de taxa a etanol do Brasil

Instituto também quer fim de subsídio a álcool americano; práticas são 'infrutíferas'

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

Depois do influente Council on Foreign Relations, foi a vez de um dos mais importantes centros de estudo conservadores dos EUA recomendar o fim dos subsídios americanos ao etanol de milho e o fim das barreiras comerciais ao biocombustível brasileiro.
Em estudo divulgado ontem, o American Enterprise Institute recomenda o fim das duas práticas, consideradas infrutíferas e de custo alto.
A análise é de Christopher Knittel, da escola de negócios do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
Knittel também questiona se o custo social da produção de biocombustível é de fato menor, mesmo quando incluído na conta, afirma, o impacto ambiental. O estudo sugere formas mais eficazes de atingir os objetivos que os subsídios deveriam ter.
"Se a meta é reduzir a dependência do petróleo estrangeiro ou reduzir emissões de gases-estufa, as tarifas sobre biocombustíveis com baixo índice de emissão, como o etanol brasileiro, devem ser abandonadas", diz o estudo.
O impacto ambiental da cadeia produtiva do etanol brasileiro, mesmo com as mudanças no uso da terra para produção, é menor que o do álcool americano, afirma.
Em junho, o Senado americano votou a favor de acabar com os subsídios sobre o etanol americano e eliminar as tarifas sobre o brasileiro, no seu intento de cortar gastos e reduzir o deficit.
Mas o pacote, enroscado nas delicadas negociações sobre o Orçamento americano, ainda não foi aprovado. A data-limite é 2 de agosto.


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