São Paulo, domingo, 15 de agosto de 2010

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PERFIL

Afeganistão mudou vida de jornalista

EDITOR DE MERCADO

Uma tragédia no Afeganistão fez Tyler Brûlé criar a revista "Wallpaper" em 1996. Um ano antes, ele fazia uma reportagem como free-lancer sobre os Médicos sem Fronteiras durante o regime Taleban quando seu jipe foi atacado por militantes. Brûlé foi atingido nas pernas e nos braços (o esquerdo continua quase imóvel).
Em uma cama de hospital, cercado por amigos, Brûlé teve a ideia de criar a "Wallpaper", publicação que mescla arquitetura, viagens, gastronomia e moda, uma espécie de guia de estilo de vida para milionários boêmios e voyeurs desse mundo.
Em apenas um ano, a revista fez sucesso, virou adjetivo e foi vendida para a "Time" por US$ 2 milhões. Brûlé continuou como diretor até 2002, quando foi demitido -diz a lenda que os americanos não quiseram pagar um voo fretado de Brûlé.
De lá para cá, o jornalista canadense criou uma agência de posicionamento de marcas e design, apresentou programas na BBC, foi colunista do "New York Times" e do "International Herald Tribune" e há seis anos escreve no "Financial Times".
Há três anos ele criou a "Monocle", já descrita como a ""Economist" do fim de semana", onde Brûlé mantém design, arquitetura e moda junto a temas como política, economia, gastos militares, segurança e até quais são os lugares de maior valorização imobiliária pelo mundo.
A revista abriu lojas em Londres, Zurique, Tóquio, Nova York e Hong Kong, onde vende produtos com a marca Monocle, revistas "e posso conversar com os leitores sobre a vida", diz.


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