São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 2011 |
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Produtor de soja terá selo de qualidade em 2012 O mundo mudou, e os produtores têm de produzir com responsabilidade. O recado, que poderia ser de um órgão de defesa do ambiente, veio de Glauber Silveira, produtor e presidente da Aprosoja (associação dos produtores de soja e milho de Mato Grosso). Silveira participou ontem, em São Paulo, de evento de implementação de um programa que visa promover a gestão econômica, social e ambiental nas propriedades rurais, denominado Soja Plus. Além de produtores, o programa tem a participação da indústria (Abiove), de exportadores (Anec), da Embrapa, de universidades e do Ares (Instituto para o Agronegócio Responsável). O objetivo é a adoção de um processo de melhora contínua na produção, o que poderá conferir ao produtor um selo de qualidade a partir da próxima safra. A adoção dessas práticas, que vai desde procedimentos corretos na armazenagem de sementes e de defensivos à implementação de medidas de segurança dos trabalhadores, vai gerar maior custo para os produtores. A compensação financeira aos que adotarem essas práticas virá de custos menores nos empréstimos e de preços melhores na venda, segundo Carlo Lovatelli, da Abiove. As entidades envolvidas no projeto não têm uma estimativa de qual será a adesão dos produtores ao programa a partir da próxima safra. Ocimar Villela, do Ares, acredita, no entanto, que quanto maior for a adesão, maior será o poder de negociação do Brasil com os importadores da soja nacional. Produtividade O pecuarista precisa produzir 250 quilos de carne por hectare para obter lucro. A média nacional é de 180 quilos, segundo Danilo Grandini, da Phibro, empresa voltada para a saúde animal. "A saída é o uso de mais tecnologia", diz. Mais vacinas Com mais fabricantes, a indústria brasileira de vacina contra a aftosa tem capacidade para produzir até 700 milhões de doses por ano. Esse total é mais do que suficiente para atender a demanda de toda a América do Sul, diz Emílio Salani, do Sindan (reúne as empresas de produtos para saúde animal). Leite e peixe A pecuária leiteira e a aquicultura estão entre os negócios que mais crescerão no Brasil. A previsão é de Eduardo Amorim, da Nutreco Fri-Ribe, indústria de nutrição animal. Como está A produção por vaca é de apenas 1.400 litros de leite por ano e a oferta de peixe e de camarão não chega a 450 mil toneladas. Tsunami Os preços dos produtos agrícolas despencaram ontem devido aos problemas vividos pelo Japão após o terremoto. Em Nova York, o açúcar teve queda de 7,7%, para 25,65 centavos de dólar por libra-peso. Algodão A tendência de queda atingiu também algodão (baixa de 3,5%), cacau e café (ambos com recuo de 4%). O suco de laranja recuou 1%. Trigo No mercado de Chicago, a tendência também foi de forte queda, com o trigo recuando 7,4%; e a soja, 5,2%. O milho caiu 4,5%. A catástrofe no Japão fez os fundos venderem suas posições nesses produtos. Com KARLA DOMINGUES ESTANHO -5,71% Ontem, em Londres PRATA -4,77% Ontem, em Nova York Texto Anterior: Análise energia: Catástrofe japonesa afeta estratégias energéticas mundiais Próximo Texto: Alexandre Schwartsman: A importância das importações Índice | Comunicar Erros |
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