São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

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País cresceu 7,8% em 2010, aponta BC

Indicador que visa antecipar dados oficiais do PIB revela perda do ímpeto da economia desde abril e sugere freada em 2011

Banco Central define as primeiras mudanças em sua diretoria desde a posse de Tombini na presidência

EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

O Brasil cresceu 7,81% em 2010, segundo o indicador criado pelo BC para antecipar os números do PIB, que só serão conhecidos no início do mês que vem.
Embora o crescimento no ano seja expressivo, dados mensais mostram desaceleração desde abril, quando o governo começou a retirar os incentivos econômicos anunciados na crise de 2009.
Em dezembro, a expansão foi de 4% ante o mesmo período de 2009, oitavo mês seguido de desaceleração. No último trimestre do ano, a expansão foi de 5%, abaixo dos 7% verificados três meses antes na comparação anual.
"Os números sugerem uma desaceleração importante para 2011, distante das grandes variações do ano passado", diz o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima.
Ele estima alta entre 3,7% e 4% neste ano -abaixo dos 5% projetados pelo governo.
O IBC-Br é divulgado mensalmente, com base nos dados disponíveis no momento, e mostra proximidade com os números oficiais trimestrais do IBGE. É avaliado pelo BC no momento de definir os juros, hoje em 11,25%.

NOVOS DIRETORES
O BC anunciou as primeiras mudanças na diretoria desde a posse de seu presidente, Alexandre Tombini.
Dois funcionários de carreira farão parte do grupo, responsável, entre outras atribuições, por definir a política de juros.
Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico, será o diretor de Administração. Essa vaga está hoje com Anthero Meirelles, que responderá pela Fiscalização, no lugar de Alvir Hoffmann, que irá se aposentar.
Sidnei Corrêa Marques, da área de Monitoramento do Sistema Financeiro, vai para a diretoria de Liquidações e Crédito Rural. Ele substituirá Gustavo do Vale, cotado para a Infraero.
Os nomes precisam ser aprovados pelo Senado.
Para completar a diretoria do BC, faltam dois nomes, para as áreas de Normas e de Estudos Especiais. Para essa segunda vaga está cotada Zeina Latif, do banco RBS.


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