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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Brasil tem mais apetite para compras no exterior
Cresce a participação de
empresas brasileiras como
compradoras no mercado internacional.
Companhias de setores como petroquímica, telecomunicações, tecnologia e infraestrutura estão realizando
mais intensamente operações com empresas no exterior, segundo o JP Morgan.
O movimento, até recentemente, era mais explorado
pelas indústrias associadas
ao consumo.
Das operações de fusões e
aquisições assessoradas pelo
banco de janeiro a setembro
deste ano, mais de 75% foram "cross-border", com a
presença forte de empresas
brasileiras na aquisição de
ativos estrangeiros.
"O alto número de operações de "cross-border" deixa
claro que as empresas brasileiras estão aproveitando o
cenário positivo para ampliar sua base de ativos estratégicos, além dos nacionais",
informa o banco.
Entre os exemplos de que
o JP Morgan participou recentemente estão o caso da
Marfrig Alimentos, uma das
maiores produtoras brasileiras de carne bovina, que
comprou a Keystone Foods,
por US$ 1,26 bilhão.
Nos Estados Unidos, em
fevereiro, a Braskem adquiriu, por US$ 350 milhões, a
Sunoco Chemicals, tornando-se a líder nas Américas e a
terceira maior do mundo em
produção de polipropileno.
Faz também parte deste
grupo a negociação fechada
em setembro entre a 3G Capital e a rede de fast-food Burger King, a segunda maior
dos EUA, com US$ 4 bilhões.
"SABIA PALOCCI?"
"Você sabia disso, Palocci?" tem repetido a candidata do PT à Presidência
Dilma Rousseff em visita a
empresários.
Segundo executivos e
um membro do conselho de
duas das maiores empresas
de SP, todos nada petistas,
Dilma deixou o estilo duro
dos tempos de ministério
de lado, aparentou interesse em ouvir os interlocutores, perguntou se o colega
"queridinho do empresariado" estava a par do que
contavam e ainda tomou
notas. Apesar de serem
duas das maiores pagadoras de impostos do Estado,
o candidato tucano José
Serra, por sua vez, não as
visitou. "Também não nos
recebia enquanto estava no
governo", comentou um
dos executivos.
A GOTA DO CAFEZINHO
A Café Gourmet Santa
Monica, que produz grão
"premium", investe em nova tecnologia de irrigação
por gota, para obter mais
frutos de uma mesma árvore. Com produção atual de
35 sacas de café por hectare, a companhia prevê aumentar esse número em
mais de 70%, chegando a
60 sacas.
O QUE ESTOU LENDO
Patricia Stavis/Folhapress
![](../images/b1710201002.jpg) |
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José Sergio Gabrielli,
presidente da Petrobras
O livro "Por que Odiamos
as Companhias Petrolíferas",
do ex-presidente da Shell
John Hofmeister, traz múltiplas perspectivas para o futuro do petróleo, "mas, não,
com a visão idílica de substituição do petróleo no curto
prazo", diz o presidente da
Petrobras, José Sergio Gabrielli. "Leio para entender
por que nós somos tão odiados", brinca Gabrielli. E por
que são "tão odiados"? "O
petróleo teve 150 anos de preços muito baixos. Houve
uma transformação da sociedade que é hoje dependente
do produto."
"1822" (ed. Nova Fronteira, 352 págs.), de Laurentino
Gomes, trata da constituição
da sociedade brasileira, diz o
presidente da Petrobras.
"Mostra, por meio de pesquisa histórica e reportagem jornalística, uma visão multifacetada de como a sociedade
se organizou. E mostra a força da Bahia. A independência baiana resultou de uma
guerra pouco conhecida",
afirma Gabrielli, nascido em
Salvador.
PILOTO AUTOMÁTICO
A Algar Aviation, braço
de negócios de aviação do
Grupo Algar, ampliará seus
dois hangares em Minas.
Com investimentos de
R$ 5 milhões, as obras em
Uberlândia devem começar
ainda neste ano e em Belo
Horizonte, em 2011.
"A demanda por manutenção de aviões está grande. Com o crescimento que
se espera da aviação executiva, vai haver um estrangulamento se não fizermos a
ampliação", diz Rogério
Montalvão Elian, presidente da Algar Serviços.
As vendas de aeronaves
novas ainda não se recuperaram da crise.
"Os preços de aviões usados nos EUA estão baixos, o
que impede o avanço das
vendas de novos."
A companhia, que é representante no Brasil da
francesa Daher-Socata, deve fechar o ano com comercialização de três aviões.
"Ainda deve demorar três
anos para esse mercado recuperar o auge dos anos
2007 e 2008."
Frederico Curado, presidente da Embraer
Não faltam miniaturas de
aviões da Embraer, claro.
Mas na sala da presidência,
vê-se logo, há um grande torcedor. "O Botafogo é o time
do coração e o melhor do Brasil", diz, bem-humorado,
Frederico Curado. A camiseta do time de um cliente foi
parar em um quadro. "Recebi
ao fazer 41 anos, carinhosamente indicando que me
consideravam do "time'".
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
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