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Rede Fogo de Chão pretende dobrar de tamanho no Brasil
Com 16 lojas nos EUA e 6 no país, churrascaria de grife investe para chegar a 12 unidades no mercado doméstico
Projeto de expansão local pretende duplicar faturamento total da rede, que, em 2009,
foi de US$ 152 milhões
DE SÃO PAULO
Depois de se consolidar no
mercado americano, com 16
lojas, a churrascaria Fogo de
Chão investe na expansão no
Brasil, onde existem seis unidades do restaurante -em
São Paulo, em Belo Horizonte, em Brasília e em Salvador.
O plano é dobrar a participação no mercado doméstico
até 2014, com investimento
de US$ 30 milhões (R$ 49,8
milhões) em recursos próprios, para também duplicar
o faturamento total do grupo.
Em 2009, a receita global
-dos mercados interno e externo- ficou em US$ 152 milhões (R$ 252,3 milhões).
A primeira loja nos Estados Unidos foi aberta em
Dallas, no Texas, em 1997.
"Fomos para os EUA por
necessidade", diz Arri Coser,
48, sócio-fundador da rede.
"No Brasil, ainda atravessávamos um momento difícil, depois de vários planos
econômicos, incluindo o Plano Collor, com confisco da
poupança. O futuro era incerto. Fomos para onde as oportunidades pareciam melhores", completa.
E, de acordo com o empresário, o rodízio de churrasco
-"o primeiro no Texas"- foi
rapidamente incorporado
pelos americanos, que pagam, em média, US$ 35 por
pessoa no restaurante.
Hoje, a Fogo de Chão está
em 12 Estados americanos e
em Washington, capital do
país. "Para eles, foi uma novidade que deu certo."
ECONOMIA AQUECIDA
No Brasil, o valor do rodízio varia de R$ 73 a R$ 88. E
Coser aposta que, com o crescimento econômico, a demanda tende a aumentar.
"Vivemos no país uma situação muito diferente da de
quando decidimos ir para os
Estados Unidos. Aqui, o potencial agora é grande. Gasta-se cada vez mais com alimentação fora de casa."
Mas o empresário não pensa em reduzir a participação
nos EUA. "Mesmo em crise, o
mercado americano é muito
grande. O poder de consumo
lá é enorme e vale a pena."
A primeira nova loja do
projeto de expansão no Brasil deverá ser aberta no Rio de
Janeiro, em 2011, mas a localização ainda está indefinida.
O investimento por unidade, no Brasil ou no exterior,
gira em torno de US$ 5 milhões (R$ 8,3 milhões). As lojas têm, em média, capacidade para 300 pessoas.
REFORMULAÇÃO
Mas a busca de Coser por
mais clientela no mercado local não envolve, pelo menos
por enquanto, mudança de
perfil de atendimento ou redução de preços.
O empresário acredita que
o maior acesso do público à
rede "virá naturalmente",
com o aumento da renda.
O plano de crescimento
contempla "novos diferenciais". Entre eles, a modernização e a ampliação das unidades mais antigas e a inserção de comida menos gordurosa no cardápio.
(CAROLINA MATOS)
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