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Com Emirado em baixa, Brasil entra na mira dos corretores
DO ENVIADO A DUBAI
O mundo das finanças dá
muitas voltas. Até dois anos
atrás, Cecilia Reinaldo fazia
sucesso vendendo imóveis
para investidores brasileiros
no superaquecido mercado
de Dubai.
Nesta semana, no estande
de sua corretora na Cityscape
-a feira imobiliária anual
que se realiza em Dubai-, os
maiores destaques eram projetos em Chipre (Oriente Médio) e no Brasil.
"O movimento se inverteu", diz a carioca de 30
anos, diretora da corretora
Fine and Country em Dubai.
No auge do boom imobiliário, ela chegou a vender
R$ 50 milhões em empreendimentos para brasileiros no
país do golfo Pérsico. "Vendemos andares inteiros para
alguns investidores."
Com o estouro da bolha
imobiliária em Dubai, a corretora da qual Cecilia é sócia
decidiu abrir uma divisão internacional para oferecer a
clientes no Oriente Médio
oportunidades de investimentos imobiliários em novos mercados, como Panamá
e Chipre.
O Brasil entrou no portfólio há três meses, com a oferta de apartamentos na Barra
da Tijuca, zona oeste do Rio
de Janeiro.
Com preços a partir de R$
230 mil, já foram vendidas 20
unidades, segundo Cecilia.
FUTEBOL E IMÓVEIS
"Estamos tentando atrair
investidores do Oriente Médio para o mercado brasileiro
e isso exige um processo de
educação, para explicar coisas como o CPF e os impostos
envolvidos na compra de um
imóvel", diz Cecilia, diante
de um grande painel com fotos do Maracanã.
Num estande próximo, o
futebol também serve de apelo. Meninas com a camisa da
seleção brasileira tentam
atrair os visitantes da feira
para investir em um resort
em Maricá, no litoral do Estado do Rio de Janeiro.
Sam Anthony Rodgers, diretor internacional da corretora responsável pela venda,
afirma que o investimento de
R$ 85 mil se transformará em
R$ 595 mil em três anos.
"Compramos a terra, obtemos as licenças, construímos
o projeto e vendemos à população local, dando um ótimo
retorno ao dono da terra",
afirma Rodgers.
(MARCELO NINIO)
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