São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010

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FOCO

Suspeito no caso PanAmericano responde a ação por adulteração de combustível

HUDSON CORRÊA
DO RIO

O empresário Adalberto Salgado Júnior, 49, titular da aplicação de R$ 400 milhões com rendimentos acima dos de mercado no banco PanAmericano, responde desde setembro a duas ações na Justiça de Minas Gerais por adulteração de combustível.
Segundo o Ministério Público Estadual, o empresário é dono de postos em Juiz de Fora (MG), onde mora.
"Os dois casos, das duas denúncias, são de vendas de combustível irregular, de álcool etílico hidratado fora das especificações da ANP (Agência Nacional do Petróleo)", disse o promotor de Justiça Plínio Lacerda.
Uma ação penal se refere a crime contra ordem tributária (reclusão de 2 a 5 anos) e a outra a delitos contra a ordem econômica (detenção de 1 a 5 anos), informa o Tribunal de Justiça de MG.
"Ele [Salgado Júnior] já foi objeto de várias investigações, até envolvendo sonegação. Já tivemos caso [de suspeita] de agiotagem", afirmou promotor.
A Folha procurou ontem o advogado de Salgado Júnior, mas ele não ligou de volta.
A reportagem esteve em Juiz de Fora entre sábado e segunda-feira e deixou recados na casa do empresário com a mulher dele, mas não obteve respostas.
Conforme o promotor, Salgado Júnior alega em sua defesa que, quando houve a fiscalização da ANP, ele já não era mais dono dos postos.
Além dos negócios em Juiz de Fora, que incluem construções e aluguel de lojas, Salgado Júnior tem empreendimentos no Rio. A Folha foi ontem a dois endereços onde funcionariam cinco empresas, da área de consultoria, empreendimentos imobiliários e combustível, na Barra da Tijuca, na zona oeste.
O primeiro local é apenas uma sala sem funcionários. O porteiro do prédio informou que o responsável pelo escritório raramente aparece ali. No outro endereço, funciona atualmente um consultório odontológico.


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