São Paulo, sábado, 18 de dezembro de 2010

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Alta no preço do álcool faz gasolina ser mais vantajosa para os consumidores

O preço do álcool dispara, já encosta em R$ 2 por litro nos postos da cidade de São Paulo e perde competitividade em relação à gasolina. É o que mostra pesquisa semanal feita pela Folha em 50 postos de todas as regiões da capital paulista.
O preço médio do álcool nos postos paulistanos subiu para R$ 1,755 nesta semana, 70% do valor médio da gasolina, que é de R$ 2,522.
A partir desse percentual, é mais vantagem para o consumidor abastecer com gasolina, devido ao melhor rendimento do combustível.
Como a média de preços da cidade serve apenas para referência, o consumidor fiel a algum posto deve fazer o cálculo em seu local de abastecimento.
Se na divisão do preço do álcool pelo da gasolina o resultado for superior a 0,70 (ou 70%), a opção deve ser pelo derivado de petróleo.
Em alguns postos, por exemplo, o álcool já é negociado a R$ 1,999, e a gasolina a R$ 2,699. Aqui, a paridade já é de 0,74 (ou 74%). Alguns postos, no entanto, ainda mantêm o álcool a R$ 1,599, valor que ainda é mais vantajoso para o consumidor.
Essa taxa de 70%, no entanto, não deve ser aceita como definitiva pelos consumidores. É recomendável um controle de quantos quilômetros o veículo roda com álcool e com gasolina, principalmente porque a média de consumo não é a mesma para todos os veículos.
O preço mais elevado do álcool chega mais cedo para o consumidor paulistano neste ano porque houve crescimento da demanda do combustível -devido ao aumento da venda de carros flex- e moagem de cana abaixo do previsto. Neste mesmo período de 2009, o álcool valia R$ 1,623 por litro.

Álcool O hidratado foi a R$ 1,0798 por litro nesta semana nas usinas. O anidro subiu para R$ 1,2060, segundo o Cepea.

Frango O abate de frangos subiu para 1,3 bilhão de aves no terceiro trimestre deste ano, superando em 3,8% o do segundo, conforme dados do IBGE.

Suínos Com a demanda interna aquecida, o abate de suínos também cresceu, somando 8,3 milhões de cabeças no trimestre passado, 2,9% mais do que no imediatamente anterior.

Investimentos Em busca de soluções no combate a doenças na citricultura, a Cutrale destinou R$ 4 milhões ao Fundecitrus. O objetivo é a pesquisa e a difusão de técnicas de manejo e de prevenção de doenças em regiões de São Paulo e Triângulo Mineiro.

"Greening" O aumento de investimento em pesquisa é necessário porque o "greening", doença com forte poder destrutivo, avança no país.

Abate de vacas diminui no 3º trimestre do ano

Os frigoríficos abateram 7,4 milhões de cabeças de gado no terceiro trimestre deste ano, 2,5% menos do que no segundo, segundo o IBGE. A novidade foi a forte redução no abate de vacas, que caiu para 2 milhões de cabeças, 11% menos do que no trimestre anterior.
Com o preço baixo do gado após 2005, os pecuaristas passaram a abater um percentual elevado de vacas, em relação ao de boi, o que gerou uma falta de gado pronto para abate neste ano. Com isso, os preços da arroba do boi gordo superou os R$ 100 neste mês.


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