São Paulo, sexta-feira, 19 de novembro de 2010

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ANÁLISE

"Telefonão" é o primeiro concorrente real da Apple

ANA LUCIA BUSCH
DIRETORA-EXECUTIVA DA FOLHA.COM

Quando o tablet da Apple, o iPad, foi lançado em janeiro, muita gente se apressou em rotulá-lo de "iPhonão". Mas o dispositivo, que já vendeu mais de 7,5 milhões de unidades nos EUA, está longe disso.
Na tela de 9,7 polegadas é possível navegar na internet com a mesma agilidade de um notebook, com as vantagens da tela touch.
Assim como o sucesso, as críticas vieram rapidamente. A principal diz respeito ao veto da Apple ao uso de Flash, o programa da Adobe que, até então, reinava sozinho na publicação de vídeos na web.
Rapidamente, empresas como o YouTube começaram a publicar vídeos em linguagem compatível com o iPad. Ainda assim, grande parte do conteúdo em vídeo disponível na web continua inacessível para os usuários do dispositivo.
O Samsung Galaxy Tab é o primeiro concorrente real do iPad, embora, a rigor, esteja a meio caminho entre o universo dos tablets e o dos telefones. Com tela menor, a navegação na internet é menos confortável, mas todo o conteúdo está lá, sem restrição, no sistema operacional desenvolvido pelo Google, o Android. A webcam embutida permite usar recursos de videoconferência.
A tela menor associada à resolução de 600 x 1.024 pixels gera fidelidade de imagem e cores que permite ler e assistir a vídeos de uma maneira ligeiramente superior ao concorrente.
Com uma antena de aspecto retrô, é possível sintonizar canais de TV digital no Galaxy, com resolução bastante razoável. O tamanho compacto permite carregar no bolso e segurar confortavelmente com uma das mãos.
Falar ao telefone remete aos "tijolões" pretos da década de 1990, mas fones de ouvido sem fio e tecnologia Bluetooth resolvem o problema. A bateria duradoura aguenta mais de sete horas de uso intensivo. Digitar requer prática, a mesma exigida nos celulares e no iPad.
O novo tablet não deve seduzir o usuário fiel da Apple, mas o telefonão da Samsung certamente vai abocanhar uma fatia de usuários interessados em unir o melhor -e o pior- dos dois mundos.


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