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ANÁLISE
"Telefonão" é o primeiro concorrente real da Apple
ANA LUCIA BUSCH
DIRETORA-EXECUTIVA DA FOLHA.COM
Quando o tablet da Apple,
o iPad, foi lançado em janeiro, muita gente se apressou
em rotulá-lo de "iPhonão".
Mas o dispositivo, que já vendeu mais de 7,5 milhões de
unidades nos EUA, está longe disso.
Na tela de 9,7 polegadas é
possível navegar na internet
com a mesma agilidade de
um notebook, com as vantagens da tela touch.
Assim como o sucesso, as
críticas vieram rapidamente.
A principal diz respeito ao veto da Apple ao uso de Flash, o
programa da Adobe que, até
então, reinava sozinho na
publicação de vídeos na web.
Rapidamente, empresas
como o YouTube começaram
a publicar vídeos em linguagem compatível com o iPad.
Ainda assim, grande parte do
conteúdo em vídeo disponível na web continua inacessível para os usuários do dispositivo.
O Samsung Galaxy Tab é o
primeiro concorrente real do
iPad, embora, a rigor, esteja a
meio caminho entre o universo dos tablets e o dos telefones. Com tela menor, a navegação na internet é menos
confortável, mas todo o conteúdo está lá, sem restrição,
no sistema operacional desenvolvido pelo Google, o
Android. A webcam embutida permite usar recursos de
videoconferência.
A tela menor associada à
resolução de 600 x 1.024 pixels gera fidelidade de imagem e cores que permite ler e
assistir a vídeos de uma maneira ligeiramente superior
ao concorrente.
Com uma antena de aspecto retrô, é possível sintonizar
canais de TV digital no Galaxy, com resolução bastante
razoável. O tamanho compacto permite carregar no
bolso e segurar confortavelmente com uma das mãos.
Falar ao telefone remete
aos "tijolões" pretos da década de 1990, mas fones de ouvido sem fio e tecnologia
Bluetooth resolvem o problema. A bateria duradoura
aguenta mais de sete horas
de uso intensivo. Digitar requer prática, a mesma exigida nos celulares e no iPad.
O novo tablet não deve seduzir o usuário fiel da Apple,
mas o telefonão da Samsung
certamente vai abocanhar
uma fatia de usuários interessados em unir o melhor
-e o pior- dos dois mundos.
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