São Paulo, sábado, 20 de agosto de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Demanda por ouro vai continuar aquecida

O ouro se aproximou de US$ 1.900 por onça-troy (31,1 gramas) ontem, fortalecendo apostas de que o preço ultrapassará US$ 2.000 neste ano.
A demanda, impulsionada pelas compras dos bancos centrais nos últimos meses, deve continuar aquecida no segundo semestre.
Segundo o Conselho Mundial do Ouro, essas instituições vão continuar adquirindo o metal para recompor suas reservas.
Com o aumento das incertezas sobre a economia, os governos buscam reduzir a dependência de moedas que tradicionalmente compõem essas reservas, como o dólar.
No segundo trimestre deste ano, os bancos centrais compraram 64,9 toneladas de ouro, ante 14,1 toneladas no mesmo período de 2010.
Trata-se do segundo maior volume de compras pelos BCs registrado desde que eles voltaram a adquirir o metal, no segundo trimestre de 2009.
"O impacto da crise de crédito de países da Europa, o rebaixamento da nota da dívida americana, pressões inflacionárias e fracas perspectivas para a economia do Ocidente também levarão a uma maior demanda por ouro para investimento", diz o órgão.
Ao mesmo tempo, a prosperidade de emergentes, como Índia e China, contribuirá para elevar a demanda.
No caso desses dois países, tradicionais consumidores de ouro, a ocorrência de feriados e festivais nos quais as vendas de joias de ouro são habituais deve aumentar a busca pelo metal precioso neste segundo semestre.
Entre abril e junho, a demanda global por ouro foi de 919,8 toneladas. China e Índia responderam por 52% da procura para investimento (barras e moedas de ouro) e por 55% das vendas para a produção de joias.
A compra por BCs também está concentrada nos emergentes, com destaque para a Rússia, que comprou 26 toneladas no segundo trimestre.

Alta nas usinas O álcool hidratado subiu 4,9% nesta semana nas usinas paulistas, para R$ 1,21 o litro, sem impostos, segundo o Cepea. O anidro também aumentou 4,9% e chegou a R$ 1,38 por litro.

Alta nas usinas 2 Essa é a segunda alta consecutiva nas usinas, após quatro semanas de estabilidade. Na semana passada, o hidratado avançou 1,44%.

Estável na bomba Os consumidores ainda não sentem o reajuste no bolso. O álcool teve leve queda de 0,16% nos postos da capital paulista nesta semana, com preço médio de R$ 1,85, segundo pesquisa da Folha.

AÇÚCAR
+6,32%

Ontem, em Nova York

PRATA
+4,28%

Ontem, em Nova York

Sobra de carne suína faz preço cair

Excesso de oferta no mercado paulista está derrubando o preço da carne suína.
Ontem, a arroba era vendida a R$ 47,40 nos frigoríficos de São Paulo, em média, com queda de 7,8% na semana, segundo pesquisa da Folha. Em 30 dias, a perda é de 16%.
Levantamento do Cepea também apontou tendência de queda. Entre 29 de julho e 18 deste mês, a carcaça comum desvalorizou 8,7%.
Estimulada pelo embargo russo, a queda nas exportações brasileiras contribui para a sobra da carne no mercado interno -em julho, os embarques caíram 17% e o cenário adverso continua.
Ontem, a Rússia retirou mais um frigorífico da lista de habilitados a exportar para o país. Agora, resta apenas uma unidade, em todo o Brasil, apta a vender carne suína para os russos.

TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES


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