São Paulo, sábado, 21 de maio de 2011

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"Tablet será o novo PC", diz presidente da SAP

CEO da múlti alemã de software empresarial explica mudança no setor

"Executivo vai querer ver em tempo real dados de vendas, pedidos dos clientes e aprovar contas no tablet", prevê

CAMILA FUSCO
ENVIADA ESPECIAL A ORLANDO (EUA)

Com faturamento de cerca de US$ 400 bilhões, a indústria mundial de software vive uma das maiores transformações de sua história.
Estabelecida há décadas sobre a venda de licenças tradicionais para rodar seus sistemas em computadores, a indústria tenta se adaptar ao triunfo dos tablets.
"Os consumidores estão determinando as estratégias das empresas. Os limites de uso entre o que o executivo usa profissionalmente e para seu consumo pessoal estão cada vez menores", diz Donald Feinberg, vice-presidente da consultoria Gartner.
Os números justificam a movimentação. Em 2011 a expectativa é que sejam vendidos no mundo 59 milhões de tablets, sendo que 25% serão consumidos por empresas.
Ao longo dos próximos quatro anos, serão mais de 260 milhões de tablets. "Os aparelhos móveis, como tablets e smartphones, são os novos desktops e estão transformando a indústria de software", diz Bill McDermott, copresidente da empresa de software SAP.
Não à toa, o setor já registra investimentos massivos. Depois de adquirir a empresa de sistemas móveis Sybase por quase US$ 6 bilhões, a SAP, líder global de software empresarial, lançou há poucos dias uma loja de aplicativos, num modelo semelhante ao criado pela Apple para a App Store.
Em vez de consumidores finais interessados em jogos, porém, estão executivos que querem ter na palma da mão software para ver em tempo real dados de vendas, volume financeiro, pedidos dos clientes e até aprovar contas.
A intenção é alcançar 1 bilhão de usuários até 2015, o que ajudará a empresa a chegar ao faturamento esperado de 20 bilhões nos próximos quatro anos.
Segundo os especialistas, porém, a era dos tablets e smartphones apresenta desafio às receitas das empresas mundiais de software.
Acostumada a receber adiantado pela venda das licenças de uso, o que rendia milhões de dólares em uma implementação grande, a indústria, que já tenta se adaptar ao modelo sob demanda -de pagamento periódico pelo uso do software-, precisará lidar com os ganhos variáveis dos aplicativos.
Nos próximos quatro anos, as vendas globais de aplicativos para smartphones e tablets devem atingir US$ 40 bilhões, mas a escala para que as grandes de software empresarial vejam ganhos significativos é desafio.

A jornalista CAMILA FUSCO viajou a convite da SAP


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