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VAIVÉM
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Álcool tem queda recorde, mas sobe na usina
O álcool teve queda semanal recorde nos postos da cidade de São Paulo, mas essa
desaceleração vai perder ritmo na próxima semana porque as usinas voltaram a reajustar os preços do combustível derivado da cana.
Após ter caído 9% na semana passada, o álcool hidratado caiu mais 9,5% nesta, recuando para R$ 1,758
por litro, em média, nos postos de São Paulo.
A forte queda do produto
nas últimas semanas tornou
o álcool mais competitivo do
que a gasolina, fez o consumidor abastecer com o derivado da cana e provocou aumento de demanda. As usinas reajustaram os preços.
O álcool hidratado foi negociado nesta semana a R$
0,9855 por litro na porta das
usinas, com alta de 1,81% em
relação à semana anterior.
Já o anidro, que começou a
cair mais tarde do que o hidratado, voltou a ter forte recuo na semana: 14,4%.
Os dados são do Cepea
(Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada)
e não contêm impostos.
O preço do álcool hidratado encontrou nova resistência porque o ritmo de safra é
mais lento neste ano do que
em 2010. Pelo menos 75%
das usinas já entraram em
operação, mas a cana moída
ainda rende pouco.
A demanda, embora ainda
bem inferior à do ano passado, também dá suporte aos
preços. Após consumo de
500 milhões de litros em
abril, o consumo deste mês
deve ficar próximo dos 900
milhões de litros.
Em abril de 2010 foi consumido 1,3 bilhão de litros; em
maio, 1,4 bilhão.
A estabilização dos preços
deverá ser maior nesta safra.
O custo de produção das usinas mais eficientes está próximo de R$ 0,90 por litro. Um
valor muito abaixo disso
comprometeria a renda dessas indústrias.
Além disso, uma forte queda do álcool nos postos beneficiaria os consumidores agora, mas elevaria os preços
muito mais cedo na próxima
entressafra.
Em queda As carnes fecham a semana com queda
nos preços. Oferta maior de
bois, devido ao frio, afetou os
preços, que refletiram sobre
suínos e aves. Além disso, a
demanda já não é tão forte.
O que cai Frango e suínos lideraram as quedas na
semana, ao registrarem recuo de 3% nos preços. O frango caiu para R$ 1,55 por quilo
de ave viva, e o suíno, para
R$ 45,60 a arroba.
Menor A arroba do boi,
ao ser negociada a R$ 96 no
Estado de São Paulo, voltou
aos patamares de outubro do
ano passado. A queda na semana foi de 1% e, em 30 dias,
de 4%. Mesmo assim, os preços atuais superam em 25%
os de há um ano.
Confinamento Os pecuaristas dos EUA tinham
11,2 milhões de cabeças de
gado confinado neste início
de mês, 7% mais do que em
igual período de 2010. O confinamento no Texas, Estado
que detém o maior rebanho
confinado, cresceu 10% e foi
para 2,75 milhões de cabeças.
Porteira fechada Já na
Argentina, os confinamentos
utilizaram apenas 46% da
capacidade nos quatro primeiros meses deste ano, bem
abaixo dos 62% da média para esse período do ano.
Trigo o plantio de trigo
na Argentina deve ter crescimento de até 25% neste ano.
Os dados de membros do governo, os mais otimistas,
apontam para 5,5 milhões de
hectares. Estimativas privadas indicam números próximos de 5 milhões.
Gangorra As commodities agrícolas voltaram a cair
ontem nos mercados de Nova
York e de Chicago. O cacau liderou a queda, recuando
2,6% no dia.
NÍQUEL
-3,04%
Ontem, em Londres
CHUMBO
+1,20%
Ontem, em Londres
Com KARLA DOMINGUES
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