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Para 82% da população, vida não melhorou
DE LONDRES
Os bons números da economia alemã não têm ajudado a chanceler Angela
Merkel a reconstruir sua popularidade, que cai desde a
eleição do ano passado.
Numa pesquisa divulgada no início deste mês, só
35% dos eleitores disseram
apoiar os partidos da coalizão que governa o país.
É um dos números mais
baixos desde que o instituto
Forsa começou esse tipo de
pesquisa, em 1986.
O mais baixo foi registrado no mês passado (34%).
A explicação parece ser a
própria economia. Levantamento feito pelo mesmo instituto mostra que 82% dos
entrevistados não acreditam que suas vidas tenham
melhorado com o avanço
econômico do país.
O crescimento de 1,1% do
PIB no segundo trimestre
foi o mais forte em dois
anos, mas, no ano passado,
a economia encolheu 4,9%
-o pior resultado desde o
fim da Segunda Guerra.
Além disso, há reclamações de que o desemprego
tem caído à custa da precarização do emprego (piores
salários, menos horas trabalhadas). Hoje, 25,4% dos
empregos na Alemanha são
de meio período.
Na Alemanha, não há um
salário mínimo nacional, e
a baixa remuneração reduz
o custo dos produtos, o que
ajuda o país a vender mais
para o exterior.
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