São Paulo, segunda-feira, 23 de agosto de 2010

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Sino-brasileiros aproveitam relação comercial em alta

DE PEQUIM

Quando viajou para a sua pós-graduação em engenharia naval na USP, em 1990, Guang Dong Yuan não falava português e tinha US$ 200 no bolso. Vinte anos depois, ele é presidente da Embraer China e trocou a cidadania chinesa pela brasileira.
"Assistia à TV para aprender e sempre carregava um dicionário", conta Guan, 43, em entrevista no seu amplo escritório, em Pequim. "Em três anos, escrevi minha dissertação em português."
De barreira, a língua passou a ser uma vantagem quando, em 1994, foi contratado pela Vale, que buscava alguém fluente em mandarim. Em 2000, entrou na Embraer, pouco depois de a empresa aérea ter aberto o seu escritório na China.
Com a crescente importância econômica da China para o Brasil, os sino-brasileiros são estratégicos para se entrar no gigante asiático.
Outro exemplo é Cesar Yu, representante na China da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos). No escritório em Pequim, 3 dos 4 funcionários são brasileiros de origem chinesa.
"Ainda que às vezes falte experiência na área de trabalho, há o conhecimento da cultura", justifica. (FM)


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