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Sino-brasileiros aproveitam relação comercial em alta
DE PEQUIM
Quando viajou para a sua
pós-graduação em engenharia naval na USP, em 1990,
Guang Dong Yuan não falava
português e tinha US$ 200 no
bolso. Vinte anos depois, ele
é presidente da Embraer China e trocou a cidadania chinesa pela brasileira.
"Assistia à TV para aprender e sempre carregava um
dicionário", conta Guan, 43,
em entrevista no seu amplo
escritório, em Pequim. "Em
três anos, escrevi minha dissertação em português."
De barreira, a língua passou a ser uma vantagem
quando, em 1994, foi contratado pela Vale, que buscava
alguém fluente em mandarim. Em 2000, entrou na Embraer, pouco depois de a empresa aérea ter aberto o seu
escritório na China.
Com a crescente importância econômica da China para
o Brasil, os sino-brasileiros
são estratégicos para se entrar no gigante asiático.
Outro exemplo é Cesar Yu,
representante na China da
Apex (Agência Brasileira de
Promoção de Exportação e
Investimentos). No escritório
em Pequim, 3 dos 4 funcionários são brasileiros de origem
chinesa.
"Ainda que às vezes falte
experiência na área de trabalho, há o conhecimento da
cultura", justifica.
(FM)
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