DE PEQUIM

Além de empregos sérios, estrangeiros são contratados por empresas chinesas para fingir ser negociantes estrangeiros no interior, talvez para dar "credibilidade".
Professora de inglês em Pequim, Karen (nome fictício) passou pela experiência. "O arranjo foi feito por uma agência. Uma vez por mês, eles me davam uma passagem de trem noturno de primeira classe até Suzhou. Eu ia a um hotel, mudava de roupa e um motorista me levava a uma reunião.
"Havia diversos homens de negócios lá -ninguém falava inglês e eu não falava mandarim. A minha função era sentar lá durante seis horas. Fingia que anotava. Se alguém falasse comigo, meus "colegas" respondiam."
"Do que eu podia perceber, eu era uma representante dos EUA ou de Hong Kong e estava lá para fiscalizar alguma transação. Nunca falava nada, e as pessoas que me levavam só diziam, em inglês: "Vai", "coma" ou "encerrado". Era bem paga."
"Uma vez, nós fomos pegos. As pessoas notaram que eu não escrevia nada em mandarim. Elas tentaram arrancar o meu caderno. Então eles gritaram com os meus "colegas"... Nós todos fugimos do escritório." (FM)


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