São Paulo, terça-feira, 23 de agosto de 2011

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Commodities

Energia solar passa a ter incentivo e deve seguir o rastro da eólica

Com o objetivo de baixar o custo, governo do Ceará vai garantir a compra e criar demanda

Governo cearense estuda ainda conceder incentivos fiscais a quem adquirir a energia alternativa

CIRILO JUNIOR
DO RIO

Mais cara entre as principais fontes alternativas, a energia solar começa a receber incentivos no país para que seu potencial finalmente possa ser tirado do papel.
A ideia é que o custo de geração a partir da luz do Sol siga o mesmo caminho da energia eólica. A geração com a força dos ventos parecia, a exemplo da energia solar, a velha promessa que nunca vingava. O governo passou, então, a fazer leilões, criando demanda e baixando o custo.
O primeiro movimento para tentar baixar o custo da energia solar vem do Ceará, que detém o maior parque de geração eólica do país. O governo local criou um fundo de incentivo à energia solar. Ele consiste em garantir a compra da energia e criar demanda para que produtores de equipamentos se instalem na região.
O governo garantirá, por meio do mercado livre, a compra da energia solar pelo período de um a dois anos.
A energia comprada será direcionada para prédios públicos. As indústrias serão incentivadas, com entrega de selos de sustentabilidade a quem adquirir energia gerada a partir da luz do Sol.
O governo cearense estuda ainda conceder incentivos fiscais a quem adquirir essa energia alternativa. Atualmente, o custo de 1 MWh (megawatt-hora) de energia solar é estimado entre R$ 400 e R$ 600.
Gerar a partir dos ventos tinha custo parecido, mas, atualmente, só perde para as usinas hidrelétricas. O custo médio do MWh no leilão realizado na semana passada ficou em torno dos R$ 99.
"A energia eólica parecia inconcebível. Hoje é realidade", diz Zuza de Oliveira, diretor da Adece (Agência de Desenvolvimento do Ceará).
Apenas neste mês, o Brasil passou a ter sua primeira usina a produzir em escala comercial. Com 1 MW de capacidade instalada, a usina solar de Tauá, instalada na cidade cearense homônima, foi construída pela MPX, do grupo EBX, de Eike Batista.
A companhia já tem autorização para quintuplicar a produção da usina. "Acreditamos no potencial da energia solar e achamos que ela pode ter grande aproveitamento, à medida que os custos caírem", diz Eduardo Karrer, presidente da MPX.


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