São Paulo, segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Faltam vagas em marinas de Ubatuba Renovação da frota faz tamanho de barcos crescer 20% em média, afirma associação de empresários do setor Gargalo é observado em instalações náuticas de todos os padrões; taxa média de ocupação dos locais já supera 85% CAROLINA MATOS ENVIADA ESPECIAL A UBATUBA A lotação de barcos de todos os tipos e tamanhos atracados nas marinas chama a atenção dos turistas no mirante da região do Saco da Ribeira, em Ubatuba. Do alto, os visitantes fotografam a paisagem. Mas o que é maravilha para alguns traz preocupação para outros. Começam a faltar vagas nas marinas de Ubatuba para atender a demanda crescente, dizem empresários do setor e proprietários de barcos que frequentam o litoral norte de SP. "Tem gente deixando de comprar nas feiras náuticas de São Paulo por medo de não ter onde colocar o barco", diz Edson Borghesan Junior, diretor comercial de uma mineradora e navegador há oito anos e meio. TODOS OS PADRÕES Percorrendo as marinas de Ubatuba -são 23, de acordo com a Associação Náutica do Litoral Norte-, percebe-se que a grande maioria delas, da mais simples à mais luxuosa, opera muito perto ou no limite da capacidade. A taxa média de ocupação supera 85%. A Marina Ubatuba, na praia da Enseada, que tem 90 vagas -todas secas (fora do mar)-, está com 81 barcos e mais dois a caminho nos próximos dias. A instalação comporta embarcações de pequeno e médio portes, entre 19 e 38 pés (cada pé equivale a 30,48 centímetros), e cobra uma mensalidade entre R$ 30 e R$ 40 por pé, dependendo do tamanho do barco. "Nós demos uma "apertada" nos espaços", diz José Eduardo Guedes, gerente. No Centro Náutico Timoneiro, no Saco da Ribeira - que atende um público mais endinheirado e só trabalha com associados, como um clube-, o desafio se repete. Das 150 vagas para embarcações de até 80 pés -entre secas e molhadas (dentro do mar)-, mais de 130 estão ocupadas. E, como o tamanho dos barcos tem aumentado, com proprietários trocando os modelos por outros mais luxuosos, a marina também se considera lotada. De acordo com a Associação Náutica, a renovação da frota no litoral norte em 2010 resultou em barcos 20% maiores, em média. Uma marina do porte da Timoneiro em Ubatuba cobra, só de entrada, de R$ 20 mil a R$ 120 mil, conforme o tamanho do barco, mais R$ 1.500 de mensalidade. "Estamos até dispensando novos clientes por medo de ficar sem espaço para atender a demanda dos nossos associados, que têm trocado de barco", diz Verônica Rocco, gerente comercial e de relacionamento. "No ano passado, houve 30% de renovação aqui." Texto Anterior: Maria Inês Dolci: Classe C vai mudar o Brasil Próximo Texto: Setor diz que falta clareza em normas Índice | Comunicar Erros

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