São Paulo, sexta-feira, 24 de setembro de 2010

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Minoritários não tiveram voz no processo

DE SÃO PAULO

A captação da estatal foi marcada pelo silêncio dos analistas e pelo protesto de acionistas minoritários.
Para garantir o sucesso da operação, a Petrobras contratou todos os bancos e as corretoras do país. Isso impediu que funcionários das empresas participantes da operação -caso dos analistas- pudessem emitir suas avaliações.
No caso dos minoritários, a ressalva é que o governo é ao mesmo tempo controlador da empresa e vendedor do petróleo.
Para o governo, interessava impor o maior valor possível pelo barril de petróleo, mesmo contra os interesses da empresa.
Os minoritários queriam uma avaliação isenta do petróleo, sem o voto do governo. Em caso de conflito de interesse, normalmente os controladores não votam assuntos em que sejam beneficiados.
A Petrobras, porém, alega que o contrato estabelecia a cessão de títulos da dívida -e não petróleo- como sua parte na operação. Assim, levou os títulos -e não o petróleo- para o crivo dos minoritários.


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