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Minoritários
não tiveram voz no processo
DE SÃO PAULO
A captação da estatal foi
marcada pelo silêncio dos
analistas e pelo protesto
de acionistas minoritários.
Para garantir o sucesso
da operação, a Petrobras
contratou todos os bancos
e as corretoras do país. Isso impediu que funcionários das empresas participantes da operação -caso
dos analistas- pudessem
emitir suas avaliações.
No caso dos minoritários, a ressalva é que o governo é ao mesmo tempo
controlador da empresa e
vendedor do petróleo.
Para o governo, interessava impor o maior valor
possível pelo barril de petróleo, mesmo contra os
interesses da empresa.
Os minoritários queriam uma avaliação isenta
do petróleo, sem o voto do
governo. Em caso de conflito de interesse, normalmente os controladores
não votam assuntos em
que sejam beneficiados.
A Petrobras, porém, alega que o contrato estabelecia a cessão de títulos da
dívida -e não petróleo-
como sua parte na operação. Assim, levou os títulos -e não o petróleo- para o crivo dos minoritários.
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