São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 2011

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Governo estuda reduzir tributos para produzir etanol

Medidas para incentivar o setor e evitar a futura falta do produto no mercado serão avaliadas em reunião marcada para hoje

SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA

O governo estuda reduzir tributos na produção do etanol e até adiar o pagamento de impostos para incentivar o setor e evitar a falta do produto no futuro.
Essas serão algumas das medidas avaliadas hoje pelo governo, em reunião para tratar da crise do combustível.
O governo quer dar mais rentabilidade às usinas, para que produzam mais, por um preço menor. Para isso, estuda desonerar a cadeia produtiva do etanol, aplicando, por exemplo, um corte de PIS/Cofins em equipamentos.
O setor energético avalia também com a equipe econômica facilidades no pagamento do Imposto de Renda, como adiamentos e parcelamentos, e novas regras de financiamento.
Como já antecipado pela Folha, o BNDES dará condições mais vantajosas de empréstimo para produtores de etanol do que para quem produzir açúcar.
Para o atual momento, o jeito para evitar a escassez será reduzir a porcentagem do etanol na gasolina, tudo indica que dos atuais 25% para 20%, e importar os dois combustíveis.
Distribuidoras já fazem seus pedidos internacionais. Será a terceira grande leva de importação do ano, em pleno auge da safra.
A redução do etanol na mistura da gasolina deve ser discutida hoje. A legislação atual permite reduzir a mistura para até 18%.
A Folha apurou que, para parte do governo, o atual modelo de produção é inviável. Nunca foi tão caro produzir etanol, principalmente pelos gastos com mão de obra.
Sem investimentos, o setor se prepara para uma das piores safras desde a criação dos carros flex (2003), com produtividade cerca de 12% inferior à do ano passado.
O financiamento para estocagem, ponto crucial para evitar a escassez na entressafra, e o crédito para renovação das lavouras não saíram por falta de consenso dentro do governo.


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