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Desemprego até abril tem menor média em oito anos
Trabalhador também teve expansão de renda
CIRILO JUNIOR
DO RIO
Estimulado pelo ritmo
mais forte de retomada da
economia, o mercado de trabalho segue sustentando patamares recordes em 2010.
De janeiro a abril, a taxa de
desemprego média é de 7,4%
nas seis maiores regiões metropolitanas do país, segundo o IBGE. No mesmo período em 2009, 8,7% da população economicamente ativa
estava desocupada.
No mês passado, a taxa se
desacelerou pela primeira
vez no ano, ficando em 7,3%,
menor nível para os meses de
abril, segundo a série histórica iniciada em 2002.
A PME (Pesquisa Mensal
de Emprego) revelou também número significativo de
vagas criadas, renda em ascensão e emprego com carteira assinada recorde.
Os dados positivos reforçam a tendência de que 2010
será o melhor ano, na história recente, do mercado de
trabalho. Lauro Ramos, do
Ipea, aposta em taxa abaixo
dos 6% em dezembro, mês
em que historicamente se registra volume de desemprego mais baixo. A menor taxa
da série (6,8%) foi verificada
no último mês de 2009.
"Normalmente, a taxa em
dezembro fica entre 1,5 e 2
pontos percentuais abaixo
do que está agora. A tendência é que as condições permaneçam positivas ao longo
do ano, com taxas abaixo dos
7%", afirmou Ramos.
Gerente da PME, Cimar
Azeredo afirma que a retração do desemprego era esperada. As empresas costumam
demitir no início do ano, com
o fim das contratações temporárias, e começam a admitir a partir de abril.
Ele acrescentou que São
Paulo, com queda de 0,5
ponto percentual, para 7,7%,
liderou a queda da desocupação. Destacou ainda expansão de 2,3% na renda do
trabalhador, que chegou a
R$ 1.392,65 médios.
Desde abril de 2009, foram
criadas 907 mil vagas. Com
isso, a população ocupada
cresceu 4,3%, somando 21,8
milhões de pessoas. Do total
de postos gerados, 704 mil tinham carteira assinada.
O grande volume de trabalhadores formais está ligado
ao maior ritmo de contratação de empregados terceirizados, que totalizou 204 mil
novas vagas no período, à
frente da indústria (165 mil) e
da construção (162 mil).
""Mais carteira assinada é
influenciada pelos terceirizados. É uma mudança no mercado de trabalho", lembrou.
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