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Em votação final, reforma da
previdência é aprovada na França
Sindicatos e oposição fazem hoje nova rodada de protestos e greve
DANIELA FERNANDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS
Sindicatos franceses e
oposição realizam hoje mais
manifestações e greves. É o
dia seguinte à votação final,
pelos deputados, da reforma
da previdência, que eleva a
idade mínima para aposentadoria de 60 para 62 anos.
Após dois meses, a tramitação da reforma foi encerrada ontem, com 336 votos a favor e 233 contra. Outro elemento do polêmico texto é o
aumento da idade, de 65 para
67 anos, para o direito à aposentadoria integral, para os
que não cumprirem o tempo
de contribuição (40,5 anos).
A promulgação da lei pelo
presidente Nicolas Sarkozy
está prevista para novembro,
e deve vigorar em janeiro de
2011. O Partido Socialista informou que vai recorrer ao
Conselho Constitucional.
O órgão não é uma instância da Justiça, mas suas conclusões são normalmente seguidas pelo poder público.
Socialistas admitem, no entanto, que dificilmente conseguirão reverter a situação.
As greves que paralisam a
França e que causam prejuízos diários, segundo o governo, de € 200 milhões a € 400
milhões, começaram a perder fôlego. Isso coincide com
a aprovação da reforma pelo
Senado, na sexta passada.
Ontem, duas refinarias de
petróleo retornaram às atividades. Inicialmente, as 12 refinarias do país estavam paralisadas, agora são cinco.
As passeatas e greves previstas para hoje servirão para
sinalizar o grau de mobilização dos franceses. Sindicatos
fizeram notificações de greves nos transportes urbanos
em 29 cidades, número inferior ao dos protestos anteriores. No aeroporto de Orly,
50% dos voos devem ser cancelado e, nos demais aeroportos, a previsão é de 30%.
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