São Paulo, domingo, 28 de novembro de 2010

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Latam estreia no mercado em 1º de julho

"Consolidação no setor é inevitável"
Quando a Latam, fusão da TAM com a chilena LAN, virar realidade, a partir de 1º de julho de 2011, Marco Antonio Bologna será um dos três principais executivos. Dividirá o poder com os irmãos Henrique e Ignacio Cueto, donos da LAN. Homem forte da família Amaro, Bologna conversou com a Folha sobre concorrência e Latam.

Folha - Por que a TAM decidiu se unir à LAN?
Marco Antonio Bologna
- A união com a LAN é fruto de uma visão de que a consolidação no transporte aéreo mundial é inevitável. Essa é a única maneira de concorrer em um cenário de céus abertos. A Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) prevê que, dentro de quatro décadas, existirão de 10 a 12 grupos de companhias aéreas apenas. Entre escolher e ser escolhido, o melhor é escolher.

A liberdade de voos entre países é inevitável?
Neste momento, a Anac está discutindo céus abertos com as autoridades europeia e americana. Não dá mais para controlar preços e limitar voos em acordos bilaterais.

Vocês falaram em concluir o acordo em seis a nove meses. O prazo será cumprido?
Esperamos realizar a operação de deslistagem da TAM e inicio de listagem da BDR de Latam na Bovespa no dia 1º de julho. Já submetemos à aprovação da Anac e estamos aguardando a decisão para dar os próximos passos.

Especula-se que vocês já estariam tendo conversas com British Airways.
Fazer a fusão com a LAN é tão grande que não podemos perder o foco. Acabamos de definir uma estrutura societária. Como é que você junta mais acordos, faz mais uma diluição de capital? Enquanto não houver a real captura de sinergias entre LAN e TAM é difícil fazer qualquer movimento maior.

A concorrência está acirrada. Tem meses em que a Gol encosta na TAM.
Não abrimos mão da liderança. O desafio é liderar com rentabilidade, o que temos conseguido. Precisamos demonstrar três coisas para o concorrente: 1. Temos crédito e contratos firmes para trazer aviões e aumentar a oferta quando precisar. 2. Temos caixa para entrar em disputas de mercado. 3. Que somos capazes de melhorar a margem operacional por meio da redução de custos. (MB)


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