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Latam estreia no mercado em 1º de julho
"Consolidação no setor é inevitável"
Quando a Latam, fusão da
TAM com a chilena LAN, virar realidade, a partir de 1º de
julho de 2011, Marco Antonio
Bologna será um dos três
principais executivos. Dividirá o poder com os irmãos
Henrique e Ignacio Cueto,
donos da LAN. Homem forte
da família Amaro, Bologna
conversou com a Folha sobre concorrência e Latam.
Folha - Por que a TAM decidiu
se unir à LAN?
Marco Antonio Bologna - A
união com a LAN é fruto de
uma visão de que a consolidação no transporte aéreo
mundial é inevitável. Essa é a
única maneira de concorrer
em um cenário de céus abertos. A Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) prevê que, dentro de
quatro décadas, existirão de
10 a 12 grupos de companhias aéreas apenas. Entre
escolher e ser escolhido, o
melhor é escolher.
A liberdade de voos entre países é inevitável?
Neste momento, a Anac
está discutindo céus abertos
com as autoridades europeia
e americana. Não dá mais para controlar preços e limitar
voos em acordos bilaterais.
Vocês falaram em concluir o
acordo em seis a nove meses.
O prazo será cumprido?
Esperamos realizar a operação de deslistagem da TAM
e inicio de listagem da BDR
de Latam na Bovespa no dia
1º de julho. Já submetemos à
aprovação da Anac e estamos aguardando a decisão
para dar os próximos passos.
Especula-se que vocês já estariam tendo conversas com
British Airways.
Fazer a fusão com a LAN é
tão grande que não podemos
perder o foco. Acabamos de
definir uma estrutura societária. Como é que você junta
mais acordos, faz mais uma
diluição de capital? Enquanto não houver a real captura
de sinergias entre LAN e TAM
é difícil fazer qualquer movimento maior.
A concorrência está acirrada.
Tem meses em que a Gol encosta na TAM.
Não abrimos mão da liderança. O desafio é liderar com
rentabilidade, o que temos
conseguido. Precisamos demonstrar três coisas para o
concorrente: 1. Temos crédito e contratos firmes para trazer aviões e aumentar a oferta quando precisar. 2. Temos
caixa para entrar em disputas de mercado. 3. Que somos
capazes de melhorar a margem operacional por meio da
redução de custos.
(MB)
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