São Paulo, domingo, 28 de novembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Cresce pressão por maior retorno na web

Redes sociais e sites de vídeo têm que começar a equilibrar inovação com modelo de negócio sustentável

Embora tenha provado sua importância na comunicação, o Twitter já é cobrado para ter um aumento nas receitas

DE SÃO PAULO

O Twitter pode até estar numa condição confortável sobre seu potencial de comunicação em tempo real para as massas, mas a cobrança por receitas está cada vez mais evidente.
Apesar de seu cofundador, Biz Stone, dizer para jornalistas no ano passado que o microblog estaria no azul até o fim de 2009, até hoje não existem indícios de um modelo de negócios sustentável.
"Não há dúvidas que o Twitter será rentável, mas o que não está claro é como", diz Laura Didio, da ITIC.
Em palestra na FGV-EAESP, neste mês, Jawed Karim, 31, um dos fundadores do YouTube, e Aber Whitcomb, 33, do MySpace, falaram sobre a importância de equilibrar inovação e retorno financeiro.
Para Karim, o retorno é uma preocupação crescente, mas os empresários não precisam necessariamente pensar em um modelo específico antes da empresa pronta.
"O mercado vai avaliar quanto quer pagar por um serviço on-line de acordo com a utilidade. Por isso é importante também não deixar o desenvolvimento tecnológico de lado."
Para Whitcomb, o mercado está aprendendo como recompensar criações como as redes sociais. "Os usuários não querem ter contas em redes sociais diferentes. Quem vencerá tanto em inovação quando financeiramente é quem oferecer melhor sistema", diz.
Jawed criou o YouTube em parceria com Chad Hurley e Steve Chen em 2005. Um ano depois o trio vendeu o site para o Google por US$ 1,65 bilhão. Apenas recentemente o site atingiu a rentabilidade e segundo estimativas, o Google vai faturar US$ 1 bilhão com o YouTube em 2011.
Já o MySpace, criado por Whitcomb, Chris DeWolfe e Colin Digiaro em 2003, dois anos depois foi adquirido por US$ 580 milhões pelo grupo de mídia NewsCorp.
Foi a rede mais popular até 2008, quando perdeu o título para o Facebook em número de usuários.
(CAMILA FUSCO)


Texto Anterior: James Kynge: A economia paralela da China
Próximo Texto: Grupo do "El País" aprova acordo com fundo dos EUA
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.