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Cresce pressão por maior retorno na web
Redes sociais e sites de vídeo têm que começar a equilibrar inovação com modelo de negócio sustentável
Embora tenha provado sua importância na comunicação, o Twitter já é cobrado para ter um aumento nas receitas
DE SÃO PAULO
O Twitter pode até estar
numa condição confortável
sobre seu potencial de comunicação em tempo real para
as massas, mas a cobrança
por receitas está cada vez
mais evidente.
Apesar de seu cofundador,
Biz Stone, dizer para jornalistas no ano passado que o microblog estaria no azul até o
fim de 2009, até hoje não
existem indícios de um modelo de negócios sustentável.
"Não há dúvidas que o
Twitter será rentável, mas o
que não está claro é como",
diz Laura Didio, da ITIC.
Em palestra na FGV-EAESP, neste mês, Jawed Karim, 31, um dos fundadores
do YouTube, e Aber Whitcomb, 33, do MySpace, falaram sobre a importância de
equilibrar inovação e retorno
financeiro.
Para Karim, o retorno é
uma preocupação crescente,
mas os empresários não precisam necessariamente pensar em um modelo específico
antes da empresa pronta.
"O mercado vai avaliar
quanto quer pagar por um
serviço on-line de acordo
com a utilidade. Por isso é
importante também não deixar o desenvolvimento tecnológico de lado."
Para Whitcomb, o mercado está aprendendo como recompensar criações como as
redes sociais. "Os usuários
não querem ter contas em redes sociais diferentes. Quem
vencerá tanto em inovação
quando financeiramente é
quem oferecer melhor sistema", diz.
Jawed criou o YouTube em
parceria com Chad Hurley e
Steve Chen em 2005. Um ano
depois o trio vendeu o site para o Google por US$ 1,65 bilhão. Apenas recentemente o
site atingiu a rentabilidade e
segundo estimativas, o Google vai faturar US$ 1 bilhão
com o YouTube em 2011.
Já o MySpace, criado por
Whitcomb, Chris DeWolfe e
Colin Digiaro em 2003, dois
anos depois foi adquirido por
US$ 580 milhões pelo grupo
de mídia NewsCorp.
Foi a rede mais popular até
2008, quando perdeu o título
para o Facebook em número
de usuários.
(CAMILA FUSCO)
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