São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Oferta de leite cresce, mas os preços pagos aos produtores ficam estáveis

A oferta de leite da região Sul teve forte evolução em junho, compensando a baixa captação nos Estados do Sudeste e do Centro-Oeste.
O índice de captação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) mostrou que a produção média diária subiu 14% em Santa Catarina no mês passado em relação a maio.
No Rio Grande do Sul, o aumento foi de 12,6%; no Paraná, de 5,3%.
Os técnicos do Cepea considram, porém, que a captação deste mês não deverá superar a de junho, principalmente devido às fortes geadas que atingiram o Sul.
A captação sobe, mas os preços ficam estáveis. Em média, o litro de leite entregue às usinas pelos produtores esteve a R$ 0,8650 neste mês.
Nos últimos 12 meses, os preços pagos aos produtores subiram 19%, em termos nominais. Descontada a inflação, a alta foi de 11,8%.
O leite nacional teve um grande concorrente neste ano. Dados recentes divulgados pelo governo argentino indicaram que as exportações de leite do país vizinho cresceram 64% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2010.
Pelo menos 28% desse leite veio para o Brasil, que está na segunda posição do ranking dos países importadores da Argentina.
Os argentinos elevaram também as exportações de queijo. O Brasil foi responsável pela compra de 50% do produto exportado pela Argentina, segundo dados do próprio governo.

Quebra A produção para- naense de milho safrinha deverá ser 37% inferior à inicialmente prevista. Esse percentual é ainda superior aos 35% previstos na primeira semana deste mês, logo após a ocorrência de fortes geadas no Paraná.

Quanto cai Dados do Deral (Departamento de Economia Rural) indicam que a safra paranaense de milho recua para 5,19 milhões de toneladas neste inverno. A estimativa inicial era de 8,19 milhões.

Trigo A geada afetou também a produção paranaense de trigo. Os dados mais recentes do Deral indicam que a quebra de safra será de 12%. A previsão inicial era a produção de 2,87 milhões de toneladas, mas os novos números indicam 2,53 milhões.

Peso no bolso Os produtos agropecuários mantêm queda no atacado. Neste mês, o recuo foi de 0,84%, segundo o IGP-M. Apesar da queda, a taxa acumulada atinge 18,4% nos últimos 12 meses, segundo a FGV.

Confinamento de gado em MT tem aumento de 35%

Os pecuaristas de Mato Grosso vão confinar 35% mais animais neste ano do que em 2010. Levantamento da Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso) mostra que o total deverá chegar a 798,4 mil animais, ante 592,8 mil em 2010.
A alta no total de animais confinados não garante, no entanto, a demanda de gado dos frigoríficos, segundo Luciano Vacari, superintendente da associação.
Os bois saídos dos confinamentos somam apenas 17% da necessidade de abate do Estado, que é de 4,5 milhões de cabeças.
Pelo menos 90% dos animais a serem confinados foram comprados. A aquisição de matérias-primas para a alimentação, no entanto, ainda é pequena, diz a Acrimat.

Com KARLA DOMINGUES


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