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Bancos vão ter de registrar venda de carteira de crédito
Medida envolve, a partir de agosto, carteiras de consignado e de veículos
Objetivo é dar mais controle à autoridade monetária, evitando casos de fraude como o do PanAmericano
LORENNA RODRIGUES
DE BRASÍLIA
Oito meses após virem à tona as fraudes contábeis no PanAmericano, o governo decidiu ampliar as regras para a venda de carteiras de crédito entre os bancos.
A partir de agosto, qualquer repasse de carteira de crédito consignado e de veículos terá que ser registrada em entidades autorizadas pelo Banco Central.
A exigência deverá ser estendida para todas as modalidades.
A intenção é dar mais controle à autoridade monetária sobre essas operações.
A medida poderá evitar um novo "caso PanAmericano" --que mantinha em seus balanços carteiras já vendidas a outras instituições, como forma de aumentar o patrimônio e permitir mais empréstimos, o que gerou um rombo de R$ 4,3 bilhões.
Para o analista da Consultoria Tendências Alexandre Andrade, a medida vai reaquecer o mercado de venda de carteiras de créditos, em baixa desde o ocorrido.
"Esses bancos passaram a ter muita dificuldade de vender essas carteiras para os maiores. É positivo também para os grandes porque tende a reduzir os riscos introduzidos nesse mercado."
ESTRANGEIROS
Ontem, o CMN (Conselho Monetário Nacional) permitiu que estrangeiros comprem produtos de empresas brasileiras ou paguem por serviços por meio das chamadas empresas facilitadoras de pagamento eletrônico.
São empresas como a PagSeguro, do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha), e a PayPal, que servem como intermediária nas vendas, recebendo o pagamento do comprador e repassando para o vendedor.
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