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FOCO
Empresas investem R$ 42 mi em reciclagem de geladeira
DE SÃO PAULO
Com financiamento e subsídios de governos europeus,
o Brasil ganhou neste ano
duas fábricas para manufatura reversa de geladeiras,
permitindo o reaproveitamento do produto sem emissão de gases poluentes.
A manufatura reversa é a
primeira etapa para reciclagem. Através dela, há a separação dos materiais usados
na produção da geladeira,
que depois são vendidos para reutilização pela indústria.
O esperado é que esse negócio ganhe impulso com a
regulamentação da lei que
cria a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, que responsabiliza os produtores de
eletroeletrônicos pela reutilização e pela reciclagem após
o descarte.
Financiada pelo governo
alemão, a Revert Brasil começa a operar em outubro
em Careaçu, Minas Gerais. A
empresa suíça Indústria Fox,
que recebeu recursos do governo e de uma fundação da
Suíça, está em fase de testes
desde o dia 10 de setembro,
em Cabreúva, São Paulo.
Somados, os investimentos totalizam R$ 42 milhões.
As duas são as primeiras
empresas que fizeram manufatura reversa mecanicamente no Brasil, com equipamentos capazes de capturar os
gases poluentes existentes
na geladeira, tanto no sistema de refrigeração quanto na
espuma de isolamento.
Por enquanto, a principal
fonte de produtos para a reciclagem é a troca de geladeiras velhas por modelos mais
eficientes.
(MARIANA SCHREIBER)
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