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CVM aplica multa individual recorde de R$ 265 milhões
Caso envolve fundo de previdência do RJ; advogado de investidores vê "cunho político"
DO RIO
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aplicou ontem multas totais de cerca de
R$ 500 milhões aos acusados
de operações fraudulentas
no caso Rio Previdência.
É a segunda maior multa já
aplicada, superada só pela
do Banco Santos, em 2008,
de cerca de R$ 600 milhões.
O investidor Eduardo Saad
recebeu multa individual recorde de R$ 264,6 milhões. O
registro de administrador de
carteira da ASM Asset Management DTVM e do sócio Antonio Luís de Mello foi suspenso por sete anos.
O caso envolve a transferência em 2004 de uma carteira do Banco do Estado do
Rio de Janeiro, avaliada em
R$ 313 milhões, para o Rio
Previdência (fundo de previdência do funcionalismo).
O Rio Previdência decidiu
alocar parte dos recursos em
um fundo e fez licitação para
contratar empresa responsável pela sua constituição. Para a CVM, há indícios de que
a vencedora (ASM Asset Management) foi beneficiada.
A CVM avaliou que quatro
investidores (Eduardo Saad,
José de Vasconcellos e Silva,
Fernando Teixeira de Mello e
Olímpio Uchoa Vianna) agiram por meio da empresa Estratégia Investimentos para
obter as cotas em leilão.
A autarquia descreve operações no mercado que renderam a eles lucros de dezenas de milhões de reais.
O advogado dos investidores, Fernando Orotavo Neto,
pretende anular o julgamento e vê cunho político. "É político porque quem vendeu
foi a Garotinha [a ex-governadora Rosinha Garotinho]."
Os investidores dizem, em
nota, que a CVM não provou
irregularidade. Mello afirmou que vai recorrer.
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