São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2010

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CVM aplica multa individual recorde de R$ 265 milhões

Caso envolve fundo de previdência do RJ; advogado de investidores vê "cunho político"

DO RIO

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aplicou ontem multas totais de cerca de R$ 500 milhões aos acusados de operações fraudulentas no caso Rio Previdência.
É a segunda maior multa já aplicada, superada só pela do Banco Santos, em 2008, de cerca de R$ 600 milhões.
O investidor Eduardo Saad recebeu multa individual recorde de R$ 264,6 milhões. O registro de administrador de carteira da ASM Asset Management DTVM e do sócio Antonio Luís de Mello foi suspenso por sete anos.
O caso envolve a transferência em 2004 de uma carteira do Banco do Estado do Rio de Janeiro, avaliada em R$ 313 milhões, para o Rio Previdência (fundo de previdência do funcionalismo).
O Rio Previdência decidiu alocar parte dos recursos em um fundo e fez licitação para contratar empresa responsável pela sua constituição. Para a CVM, há indícios de que a vencedora (ASM Asset Management) foi beneficiada.
A CVM avaliou que quatro investidores (Eduardo Saad, José de Vasconcellos e Silva, Fernando Teixeira de Mello e Olímpio Uchoa Vianna) agiram por meio da empresa Estratégia Investimentos para obter as cotas em leilão.
A autarquia descreve operações no mercado que renderam a eles lucros de dezenas de milhões de reais.
O advogado dos investidores, Fernando Orotavo Neto, pretende anular o julgamento e vê cunho político. "É político porque quem vendeu foi a Garotinha [a ex-governadora Rosinha Garotinho]."
Os investidores dizem, em nota, que a CVM não provou irregularidade. Mello afirmou que vai recorrer.


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