São Paulo, sábado, 30 de julho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Algodão deve manter área na próxima safra

Apesar da desaceleração dos preços do algodão, a área nacional de plantio deverá ser mantida na próxima safra. A demanda continua e a oferta mundial não mostra muita sobra.
A avaliação é de Marcelo Swart, presidente da Agopa (Associação Goiana dos Produtores de Algodão). No caso específico de Goiás, Estado de atuação da associação, a área deverá ser mantida ou até ter pequeno recuo devido ao rodízio de culturas.
"O Estado está no limite da capacidade de beneficiamento e de colheita", diz Swart.
Nesta safra, a área plantada com algodão foi a 107 mil hectares, 85% mais do que na anterior. A produção deverá subir para 165 mil toneladas de algodão em pluma, 88% mais do que na anterior.
Terceiro maior produtor nacional de algodão, Goiás se prepara agora para reduzir custos e agilizar o pós-safra. O Estado terá, a partir da próxima semana, um laboratório de classificação do produto. Essa classificação era feita antes em laboratórios de Minas Gerais e de São Paulo, segundo Swart.
Todo fardo de algodão exportado tem de ser classificado. As amostras enviadas aos laboratórios de outros Estados demoravam dez dias para ficar prontas. Agora, a classificação poderá ser feita em três dias.
O presidente da Agopa avalia que os preços do algodão ainda deverão manter bons patamares por pelo menos dois anos. Avaliando o comportamento interno dos preços, Swart diz que a queda atual está dentro do normal, principalmente devido ao aumento de ritmo da colheita. "Anormal era o algodão a R$ 4 por libra-peso (453 gramas)", diz Swart, referindo-se aos preços recordes de março deste ano. "Nenhum mercado suportaria a continuidade desses valores."
Levantamento do Cepea indicou que o algodão estava a R$ 1,80 por libra-peso ontem.

Crise nos EUA O que parecia ser um problema de países em desenvolvimento ocorre também nos Estados Unidos: a crise da dívida.

Efeitos A insegurança econômica devido ao impasse político em torno da elevação do teto da dívida pesa sobre as cotações agrícolas, segundo analistas do Escritório Carvalhaes, de Santos.

Risco Muitos investidores saíram de ativos considerados mais arriscados, derrubando as cotações das commodities.

Em queda As maiores reduções de preços ocorreram em Chicago, onde o trigo foi negociado com recuo de 3%. O milho caiu 2,5%, enquanto a soja teve baixa de 1%.

Adubo A evolução da área plantada com algodão fez com que o consumo de adubo e fertilizante destinado a esse cultivo subisse para 1,3 milhão de toneladas no ano passado, 68% mais do que em 2009.

Sem variação A pesquisa semanal feita pela Folha mostrou estabilidade nos preços do álcool e da gasolina nos postos da cidade de São Paulo. Nas usinas O preço praticado pela usinas teve pouca variação. Enquanto o hidratado ficou estável, o anidro subiu 0,78% na semana, segundo levantamento do Cepea.

Cana O álcool voltou a ter aumento e o preço médio do quilo de ATR (Açúcar Total Recuperável) subiu para R$ 0,4959 neste mês, interrompendo a queda que vinha registrando desde abril. A alta foi de 0,14%, segundo a Consecana.

CHUMBO
-2,48
Ontem, em Londres

ARROZ
+0,76
Ontem, no Brasil

Com KARLA DOMINGUES


Texto Anterior: Análise: É preciso resgatar fornecimento e fornecedores de cana
Próximo Texto: Ouro e renda fixa lideram ranking em julho
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.