Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Turquia ameaça agir contra crise na Síria Chanceler vê risco à segurança regional e afirma que seu país está pronto para qualquer cenário, inclusive militar Liga Árabe pediu que Iraque convença sírios a aceitar observadores externos; conflitos no país mataram mais 24
O chanceler turco, Ahmet Davutoglu, disse ontem que seu país pode agir para se proteger caso os conflitos na Síria ameacem a segurança regional e causem uma fuga de refugiados de grandes proporções -o norte sírio faz fronteira com a Turquia. "A Turquia não pretende interferir nos assuntos internos de ninguém. Mas, se houver risco de segurança regional, nós não nos daremos ao luxo de parar e ficar olhando", afirmou o chanceler. Em entrevista na TV, Davutoglu declarou ainda que, embora os turcos não considerem a opção de intervenção militar na Síria, estão prontos para qualquer cenário. Para ele, um regime que "tortura o próprio povo" não teria chances de sobreviver. No final do mês passado, a Turquia já havia anunciado sanções econômicas ao regime do ditador Bashar Assad, similares às que a Liga Árabe impusera dias antes. As declarações marcam mais um passo da mudança de posição dos turcos, que em 2004 haviam assinado acordo de livre-comércio com os sírios e, quatro anos mais tarde, tentaram mediar a disputa entre Assad e o governo de Israel pelas colinas de Golã. Em entrevista recente à rede americana ABC, Assad negou ter ordenado a repressão a manifestantes. De acordo com estimativas da ONU, pelo menos 4.000 pessoas morreram desde o início dos protestos no país, em março. Ontem, a Liga Árabe pediu ao Iraque que convença a Síria a assinar o acordo que permite a entrada de observadores internacionais. "A bola está com os sírios", disse o secretário-geral da liga, Nabil al Arabi. "Eles podem assinar a qualquer momento." RELATOS DE MORTES Ativistas afirmaram que pelo menos 24 pessoas morreram ontem na Síria devido à repressão das forças de segurança contra protestos, principalmente em Homs, um dos epicentros da revolta. A censura imposta por Assad à imprensa impede a verificação independente dos números de mortos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |