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Premiê da França minimiza possível rebaixamento

Em visita ao Brasil, François Fillon defendeu um pacto fiscal europeu e criticou agências de avaliação de risco

Agências já alertaram que a classificação do país, atualmente a mais alta de todas, poderá ser reduzida em breve

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

No Brasil, o primeiro-ministro francês François Fillon, antecipou-se ontem ao que pode ser uma das piores notícias econômicas deste ano: o possível rebaixamento do "rating" da segunda maior economia da zona do euro.

O chamado "rating" é uma nota atribuída por agências de avaliação ao risco de um país se tornar insolvente no curto e médio prazo.

Hoje, a França detém a melhor classificação possível (AAA), igual à da Alemanha, mas há rumores fortes de que o país, com alto deficit público, pode ser rebaixado.

"O importante não é a trajetória de um dia", disse Fillon, numa referência à recepção fria dos mercados (e das agências de risco) aos resultados da reunião de Bruxelas, na semana passada, que levou a um pacto fiscal.

Ele disse que o importante é o que chamou de "trajetória politicamente estruturada" e "orçamentariamente rigorosa" do país.

Em palestra a empresários de São Paulo, Fillon lembrou a meta oficial de zerar o deficit público (despesas maiores que receitas) até 2016. "A França não conhece um equilíbrio orçamentário desses desde 1975", afirmou.

"Os nossos amigos britânicos estão mais endividados, e eu creio que as agências [de classificação] ainda não marcaram isso", disse.

O líder francês também foi franco em relação à possibilidade de um acordo entre o bloco europeu e o Mercosul, dizendo que a agricultura é a "linha vermelha" para as negociações. "Nós nunca vamos abandonar o setor agrícola, ou deixar que desapareça", ressaltou.

Ainda na capital, o primeiro-ministro assinou um protocolo de intenções com o governo paulista para o financiamento da linha de trem da capital até o Aeroporto de Guarulhos.

Em Brasília, Fillon teve um encontro com a presidente Dilma Rousseff.

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