Funcionário argentino é encontrado morto

O subsecretário de Comércio Exterior da Argentina, Iván Heyn, 34, foi encontrado morto no quarto do hotel onde se hospedava durante a Cúpula do Mercosul, que se realiza em Montevidéu.

Segundo a Chancelaria argentina, o funcionário, que integrava a comitiva da presidente Cristina Kirchner, teria se suicidado, por enforcamento, no hotel Radisson, no centro da cidade. Conforme o jornal "Clarín", Heyn estava nu e teria sido encontrado pendurado num cabide.

Quando soube da notícia, Cristina estava no meio de almoço com os outros chefes de Estado do bloco. A presidente argentina passou mal, o que causou a interrupção da reunião, e teve de ser atendida por um médico.

Heyn era economista e um dos líderes do grupo jovem La Cámpora, que apoia a presidente e é liderado por seu filho, Máximo Kirchner.

O corpo do funcionário foi encontrado por membros da delegação, que estranharam por Heyn não ter se apresentado para integrar a comitiva que veio para o encontro.

CHÁVEZ

A notícia ofuscou o evento, que até então havia sido dominado pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Ele foi ao Uruguai pressionar os países do Mercosul a aceitar a Venezuela como membro pleno do bloco.

O protocolo de adesão da Venezuela foi assinado em 2006 e já foi aprovado pelos Parlamentos da Argentina, do Uruguai e do Brasil. No entanto, está paralisado no Senado do Paraguai, controlado pela oposição ao presidente Fernando Lugo.

No final do dia, a presidente brasileira Dilma Rousseff também defendeu a entrada da Venezuela no grupo e reforçou a necessidade de proteger a produção regional.

Também foi aprovada uma resolução que proíbe a entrada de barcos com bandeiras das ilhas Malvinas nos portos de cada nação.

Na semana passada, o Uruguai havia proibido a entrada de barcos do arquipélago, atualmente sob controle britânico e cuja soberania é reivindicada pela Argentina, no porto de Montevidéu.