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Irã faz petróleo ter maior alta em 8 meses Corte no fornecimento a Reino Unido e França, anunciado anteontem, leva preço do barril a subir para US$ 120 Técnicos da ONU voltam a fiscalizar as instalações nucleares do Irã, em visita considerada decisiva
O anúncio iraniano de que vai cortar o fornecimento de petróleo para o Reino Unido e para a França fez o preço do barril atingir o seu maior valor em oito meses. A cotação do petróleo tipo Brent (parâmetro para o óleo do Oriente Médio) chegou a valer US$ 121,15, patamar que não era alcançado desde junho de 2011. No final do pregão, o barril se valorizou em 0,4%, cotado a US$ 120,25. A alta se deve principalmente à promessa iraniana de cortar o fornecimento, mas também sofreu os efeitos da esperança de finalmente o pacote grego ser fechado, o que pode ajudar a economia europeia e aumentar o consumo do combustível. O Irã anunciou anteontem o corte em retaliação às sanções impostas pela UE a Teerã por seu programa nuclear. Ontem, o chefe da estatal petrolífera ameaçou fazer o mesmo com outros países. A medida é simbólica, já que França e Reino Unido pouco importam petróleo iraniano, mas tem conotação política no atual contexto de crise econômica na Europa e de pressões contra o Irã. A partir de julho, a UE vai impor embargo ao petróleo do Irã. Com o anúncio, Teerã envia a advertência de que pode fazer o mesmo com os europeus que mais dependem do óleo -caso da Grécia. O embargo faz parte de um pacote de sanções adotado por EUA e Europa depois que a agência nuclear da ONU (AIEA) divulgou em novembro relatório apontando para o aumento da capacidade técnica das centrais de energia atômica iranianas. BOMBA EUA e Israel dizem que está cada vez mais clara a intenção iraniana de fabricar a bomba atômica, o que é negado pelo governo persa. O aumento das tensões sobre o país fez com que o preço do petróleo já subisse 11,1% neste ano. No mesmo período do ano passado, em meio à Primavera Árabe, o barril teve alta de 10,8%. Uma equipe de inspetores da AIEA iniciou ontem uma visita às instalações nucleares do Irã. Relatório sobre a visita deve ser produzido em duas semanas e é considerado vital para as negociações sobre seu programa nuclear. Uma maior colaboração iraniana com os técnicos pode diminuir as tensões com o grupo de potências (EUA, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha). Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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