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País vizinho se diz preocupado com armas nucleares nas ilhas Malvinas

Chanceler Timerman manifestou o temor em reunião com Patriota

ISABEL FLECK
DE SÃO PAULO

Em visita ao Brasil, o chanceler argentino, Héctor Timerman, manifestou ao governo brasileiro a preocupação de que o Reino Unido, que mantém presença militar nas ilhas Malvinas, tenha trazido "armas nucleares", como submarinos com esse tipo de propulsão, para a região.

"Conversamos sobre a preocupação de que uma potência externa se negue a informar se introduziu armas nucleares na região", disse, após encontro com o colega brasileiro, Antonio Patriota, em São Paulo. Segundo fontes diplomáticas, o governo brasileiro considera a preocupação relevante.

Timerman disse que o tema será discutido no encontro de ministros da Zoopacas (Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul) -que reúne países sul-americanos e africanos banhados pelo oceano-, em 10 e 11 de maio, em Montevidéu.

O governo argentino lançou uma cruzada contra o Reino Unido para recuperar a soberania sobre as ilhas, chamadas de Falklands pelos britânicos, às vésperas do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas.

O Brasil já manifestou seu apoio ao país vizinho e, junto com os outros países do Mercosul, estabeleceu um bloqueio a navios de bandeira britânica.

Este é o primeiro encontro entre os chanceleres desde a decisão argentina de estabelecer novas regras de importação. Patriota, porém, desconversou ao ser questionado sobre as medidas protecionistas do país vizinho.

"Nossa conversa centrou-se nos desenvolvimentos positivos que movem os setores privados dos dois países e na ideia da reativação dos mecanismos de monitoramento."

Timerman e Patriota disseram esperar que a próxima Cúpula das Américas, em abril, na Colômbia, seja a última sem a participação de Cuba.

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