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Conflitos chegam ao centro de Damasco Após ataques a bomba no fim de semana, capital síria vive dia de conflitos; pelo menos 25 pessoas morrem no país Confrontos entre rebeldes e forças de segurança se espalham pela cidade; Rússia pede trégua imediata
Tiroteios e explosões voltaram a abalar Damasco ontem, mas desta vez no centro da capital síria, e não nos subúrbios. No país, os conflitos entre rebeldes e forças do regime mataram ao menos 25 pessoas, segundo a ONG OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos). Ativistas e opositores consideraram que os combates no bairro de Mezze, na capital síria, "são os mais importantes desde o início da revolta", em 15 de março de 2011. Os conflitos se estenderam por horas. Quatro soldados sírios morreram e 16 ficaram feridos. Do lado rebelde, quatro morreram e dezenas ficaram feridos e foram presos. Um morador disse à agência Reuters que "havia tiroteios no supermercado Hamada e explosões ali perto". Segundo ele, a polícia bloqueou as ruas e cortou a luz dos postes no bairro. Também ocorreram enfrentamentos em outros bairros da cidade: Qabun e Bazre. Todos localizados perto de prédios do governo e centros de segurança. Os conflitos acontecem após uma série de ataques a bomba no fim de semana em Damasco e Aleppo deixar mais de 30 mortos. Ontem, também foram registradas mortes nas cidades de Deir Ezzor, Deraa, Hama, Aleppo, Idlib, Qamishli e Homs. A escalada dos confrontos acontece em meio a chegada à Síria de uma missão conjunta de observadores da ONU e da Liga Árabe. O objetivo da missão, chefiada pelo ex-secretário-geral da organização Kofi Annan, é negociar um cessar-fogo entre rebeldes e o Exército e avaliar a situação humanitária no país. TRÉGUA HUMANITÁRIA Diante da violência, a Rússia endossou o apelo do CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) e pediu um cessar-fogo humanitário diário de duas horas na Síria. Em comunicado, o chanceler russo pediu que o governo de Assad e "todos os grupos armados da oposição" concordem com a trégua, "sem demora". A intenção é retirar feridos do país e enviar médicos e medicamentos, sobretudo para cidades sitiadas pelo Exército no norte da Síria, como Homs -bastião do Exército Livre da Síria. Até então, a Rússia se opunha a qualquer tipo de intervenção na Síria. No Conselho de Segurança da ONU, votou duas vezes contra resoluções que condenavam Assad. A ONU estima que mais de 8.000 pessoas tenham sido mortas desde o ano passado. Veja fotos do cotidiano dos rebeldes sírios Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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