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Alemanha, França e China sofrem queda na indústria

Notícia preocupa os mercados e faz com que as Bolsas fechem no vermelho

Apesar desses dados, presidente do Banco Central Europeu acha que o pior da crise na zona do euro já passou

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

China, Alemanha e França, três das cinco maiores economias do mundo, apresentaram preocupante contração no resultado de suas indústrias no mês de março e derrubaram as Bolsas.

De acordo com resultados do PMI (Índice Gerente de Compras), taxa em que valores abaixo de 50 mostram contração, os três países apresentaram os piores resultados dos últimos quatro meses. A China, segunda maior economia, e a Alemanha, quarta força mundial, ficaram com PMI de 48,1; a França, quinta potência econômica, ficou com 47,6.

Pesquisa similar, mas englobando também o setor de serviços, indicou que a zona do euro, influenciada pela queda da indústria de suas maiores economias, já está vivendo uma recessão econômica (caracterizada por dois trimestres seguidos de contração). Em março, o PMI da região caiu para 48,7.

Dos últimos sete meses, apenas janeiro indicou expansão econômica, ainda assim bastante modesta, pois o PMI ficou em 50,4.

Com esses resultados, fica afastada a hipótese de retomada do crescimento no continente no curto prazo e aumenta o risco de contágio a partir da crise grega.

Chris Williamson, economista-chefe da Markit, empresa responsável pelos números, declarou que o desemprego está crescendo na maior taxa dos últimos dois anos, reflexo da fraca demanda na zona do euro.

As notícias fizeram com que os juros dos títulos espanhóis chegassem a seu maior valor nos últimos dois meses. Os papéis da Itália também tiveram aumento nos juros.

As principais Bolsas europeias operaram em baixa ontem. Londres teve queda de 0,79%; na França, o CAC-40 caiu 1,56%; Madri sofreu redução de 1,62%; e Frankfurt teve baixa de 1,27%.

Em Nova York, tanto o Dow Jones quanto o Nasdaq enfrentaram quedas, fechando com reduções de 0,6% e 0,39%, respectivamente.

BCE

Indo em direção contrária ao cenário cauteloso, Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), declarou ao jornal alemão "Bild" que o pior da crise na zona do euro já havia passado.

Draghi afirmou que a situação europeia estava se estabilizando, embora ainda existam riscos. Para ele, os indicadores da Europa estão melhores que os dos EUA.

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