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Militares rebeldes depõem presidente do Mali

Insatisfeitas, Forças Armadas dissolvem instituições nacionais e suspendem Constituição

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Reclamando da "incompetência" do governo democrático, militares tomaram o controle do Mali e afirmaram, em comunicado na manhã de ontem, que as instituições do país africano foram dissolvidas, e a Constituição, suspensa.

As informações do paradeiro de Amadou Toumani Touré, presidente do país, são conflitantes, incluindo boatos de que ele esteja escondido em uma base militar.

Touré deveria deixar o cargo depois das eleições marcadas, então, para 29 de abril.

Os golpistas afirmam que estão derrubando o governo devido à falta de habilidade da gestão atual em lidar com a insurgência tuaregue (povo nômade que vive no deserto) no norte do país.

Entre os tuaregues, há guerreiros que apoiavam a ditadura de Muammar Gaddafi na Líbia e voltaram ao país fortemente armados quando o regime caiu, no ano passado.

Os insurgentes dizem que vão devolver o poder a um presidente democraticamente eleito assim que "a unidade nacional e a integridade territorial for estabelecida".

O Itamaraty afirmou, em nota, que "acompanha com preocupação os acontecimentos em curso".

O comunicado diz, ainda, que Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores, entrou em contato com Jorge José Frantz Ramos, embaixador do Brasil em Mali, e assegurou-se de que os cerca de 30 brasileiros no país permanecem em segurança.

O golpe é um revés para a região, em que o Mali era uma das poucas democracias consolidadas. Apesar de ter liderado um golpe em 1991, Touré havia entregado o poder aos civis para ser, em 2002, eleito democraticamente.

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