Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Espanha busca ajuste de 27 bi euros para reaver confiança do mercado

Governo quer congelar os salários do funcionalismo público

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo espanhol busca recuperar a confiança da União Europeia e dos investidores com as medidas de austeridade apresentadas ontem no Parlamento.

Para 2012, prevê-se um ajuste de cerca de € 27 bilhões como resposta ao "gravíssimo momento" que a economia do país atravessa, nas palavras do ministro Cristóbal Montoro (Fazenda).

O pacote inclui a supressão de deduções fiscais, anistia para repatriar recursos que estão fora do país e congelamento dos salários dos funcionários públicos.

Na média, os ministérios terão de cortar 17% de seus gastos neste ano.

Em uma conferência de imprensa, Montoro destacou que as medidas de austeridade são as que "menos prejudicam o crescimento".

Apesar disso, o governo prevê uma contração de 1,7% do PIB em 2012.

O PP (Partido Popular), que governa a Espanha desde o fim de dezembro, tem maioria absoluta no Congresso. Assim, não terá problemas para aprovar as medidas que pretende implementar.

OPOSIÇÃO

O PSOE (Partido Socialista), principal legenda de oposição e antecessor do PP no governo, no qual esteve de 2004 a 2011, rechaçou a proposta, porque as medidas anunciadas "dificultam o crescimento econômico".

Montoro rebateu, afirmando que, entre os objetivos do governo, está cumprir o compromisso com a União Europeia assumido pelo premiê Mariano Rajoy: reduzir o deficit público de 2012 de 8,5% para 5,3% do PIB.

Neste ano, a Espanha prevê usar mais de € 29 bilhões para financiar sua dívida, que deve subir de 68,5% do PIB para quase 80% -o que aumenta a desconfiança dos investidores em relação ao país. Por isso, o governo anunciou as medidas.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.